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Inferno astral: a dois anos das Olimpíadas, esporte brasileiro vive crise administrativa

qui, 20 de março de 2014 00:00

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Após 17 anos, Ary Graça Filho deixa o comando do vôlei nacional. Foto: Divulgação

Após 17 anos, Ary Graça Filho deixa o comando do vôlei nacional. Foto: Divulgação

No dia 9 de dezembro, diversos segmentos se reúnem pelo mundo a fim de tratar um dos grandes males da sociedade. Enfermidades que tomaram proporções alarmantes, atingindo até uma das principais alternativas de qualidade de vida, isto é, o esporte. Ainda assim, para muitos brasileiros a referida data é tão relevante quanto a morte de uma formiga.

Na última semana, o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Ary Graça Filho, anunciou sua despedida, após 17 anos no cargo. Sob denúncias de favorecimento de R$ 20 milhões para duas empresas em comissões de contratos de patrocínio, o mandatário abandonou a função.

Ary Graça, que desde 2012 também preside a Federação Internacional de Voleibol (FIVB), é mais um protagonista de irregularidades no esporte nacional. A dois anos das Olimpíadas do Rio de Janeiro, diversas modalidades lidam com crises na diretoria.
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BASTIDORES

Em 2012, a atleta Adriana Araújo foi a primeira medalhista brasileira do boxe em 44 anos de Olimpíadas. A conquista, que não era alcançada desde Servílio de Oliveira em 1968, se tornou vitrine para a pugilista, que classificou o presidente da confederação como ditador e ameaça ao esporte. Naquela ocasião, o bronze valia ouro.

No ano seguinte, a Folha de S. Paulo e a Espn Brasil divulgaram irregularidades financeiras e desvios de verbas nas confederações de tênis, taekwondo, basquete e ginástica. Enquanto isso, para continuar os treinamentos, um dos principais nomes do atletismo brasileiro teve que recorrer a uma ‘vaquinha’ na internet. Sem patrocínio, Maurren Maggi, campeã olímpica em 2008, busca arrecadar fundos para os Jogos do Rio de Janeiro.

Maurren Maggi recorre à ‘vaquinha’ para custear treinamento dos Jogos Olímpicos. Foto: Divulgação

Maurren Maggi recorre à ‘vaquinha’ para custear treinamento dos Jogos Olímpicos. Foto: Divulgação

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LEGADO?

Essa semana, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), uma das entidades de maior receita do mundo, lançou uma campanha a fim de custear o tratamento da ginasta Laís Souza, em recuperação após acidente nas Olimpíadas de Inverno. Seguindo em um caminho sem rumo, o esporte brasileiro se torna estandarte de interesses alheios.

No dia 9 de dezembro, o mundo celebra o Dia Internacional de Luta Contra a Corrupção. De fato, a data ainda é pouco difundida entre os brasileiros, afinal, o que temos a comemorar?
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Estádio do Parque do Sabiá está entre os dez maiores do Brasil

Apesar da Copa, complexo esportivo de Uberlândia permanece entre os maiores. Foto: Divulgação

Apesar da Copa, complexo esportivo de Uberlândia
permanece entre os maiores.
Foto: Divulgação

Mesmo com as obras faraônicas para a Copa do Mundo, o estádio Parque do Sabiá permanece entre os maiores do Brasil. É o que aponta o CNEF (Cadastro Nacional de Estádios de Futebol). Segundo levantamento, o complexo esportivo ocupa a oitava colocação no ranking nacional. Dos dez primeiros, três não sediarão o torneio mundial. Confira:

  • Maracanã (RJ): 78.982
  • Estádio Nacional Mané Garrincha (DF): 68.009
  • Estádio do Morumbi (SP): 66.795
  • Castelão (CE): 63.903
  • Arena Grêmio (RS): 60.540
  • Arruda (PE): 60.044
  • Mineirão (MG): 57.483
  • Parque do Sabiá (MG): 53.350
  • Beira-Rio (RS): 51.000
  • Arena Fonte Nova (BA): 50.025

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Enquanto isso…

Um dos maiores de Minas, Ginásio Poliesportivo de Araguari completa cinco anos de interdição. Foto: Gazeta do Triângulo

Um dos maiores de Minas, Ginásio Poliesportivo de Araguari completa cinco anos de interdição. Foto: Gazeta do Triângulo

 

 

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