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Coluna: Direito e Justiça (22/02)

qui, 22 de fevereiro de 2024 08:08

Direito e Justiça:

 

Obsessão:

 

Obsessão: Substantivo feminino. 1 .Motivação irresistível para realizar um ato irracional; 2. Compulsão; Obsessão pelo poder. 3 Apego exagerado a um sentimento ou a uma ideia desarrazoada.

Obsessão e compulsão: A obsessão é caracterizada por pensamentos, imagens e ideias que invadem a pessoa constantemente, sem que ela tenha controle, como um disco riscado, que repete várias e várias vezes a mesma coisa. Já a compulsão é caracterizada por comportamentos repetitivos ou atos mentais que visam diminuir a ansiedade causada por uma obsessão.

Transtorno Obsessivo-compulsivo – TOC: Esta doença (pois é uma doença) caracteriza-se por pensamentos excessivos (obsessões) que levam a comportamentos repetitivos (compulsões ou rituais). O TOC é caracterizado, portanto, por pensamentos e medos irracionais, obsessões, que levam a comportamentos compulsivos, ou seja, verdadeiros rituais que travam e infernizam a vida de uma pessoa. Os portadores de TOC sentem uma vontade irresistível e inadiável de fazer algo repetitivo, propositado e intencional, para atender a ansiedade insuportável decorrente da sua obsessão.

Obsessão na doutrina espírita: Na conceituação de Allan Kardec, codificador do Espiritismo, “obsessão é a ação persistente ou domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas”. É praticada pelos Espíritos inferiores e maus, que procuram dominar mentes mais fracas, desavisadas ou fragilizadas, inspirando nelas pensamentos destrutivos, desarrazoados ou temerários.

Descrição: Obsessão é uma condição mental caracterizada por pensamentos involuntários, intrusivos, insistentes e persistentes, que podem se prolongar por períodos indefinidos. Na obsessão, as ideias são fixas, e o indivíduo se concentra dominado, de modo que não consiga livrar-se dos pensamentos obcecados com facilidade.

Sintomas mais comuns: pensamentos, ideias ou até impulsos que “invadem” a consciência de forma repetitiva. Normalmente, elas são acompanhadas de um sentimento de culpa, medo, angústia ou que são inapropriados para o momento ou circunstância.

Tipos de obsessão: No Espiritismo, Allan Kardec classificou a obsessão em três tipos básicos: simples, fascinação e subjugação, sendo que esta última é tão grave e abrangente que o obsessor apodera-se até mesmo do organismo físico do obsidiado, ficando a pessoa completamente sob o controle pelo Espírito obsessor.

Conclusão: Digo eu: não quero ir mais além e nem posso. Todavia, deixo claro que o assunto é extenso, grave e complexo. Existe o Transtorno Obsessivo-compulsivo – TOC, cujo tratamento deve ser buscado também com psicólogos ou psiquiatras, com uso ou não de remédios específicos. Obsessão e compulsão são estados mentais que devem ser diferenciados e tratados de imediato e com muita seriedade. Sob um enfoque do Espiritismo, os livros de Allan Kardec podem servir de guia inicial. São eles: O Livro dos Espíritos (1857); O Livro dos Médiuns (I1861): O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864); O Céu e o Inferno (1865); A Gênese (1868). Há livros psicografados pelo Médium Chico Xavier (ditados por André Luiz, Emmanuel e diversos outros Espíritos); existe também literatura médica e especializada fora ou além do Kardecismo. O importante é a pessoa “obsidiada” ou “compulsiva” buscar auxílio e recursos, pois o mal é grave e muita vez termina em tragédia. Eu sei muito bem do que estou falando, creiam em mim…!!!

 

 

Chico Xavier e o Espírito Obsessor:

 

Eis outra narrativa que vi a respeito do Chico Xavier, que ilustra muito bem a bondade e a força espiritual e mediúnica de que ele era dotado. Faço aqui uma adaptação e já não me lembro da fonte original, motivo pelo qual peço escusas.

O Chico encontrava-se sozinho em sua casa, quando, sem mais e nem menos, apareceu-lhe um espírito inferior, ou seja, um espírito obsessor, talvez pretendendo intimidá-lo com a sua presença ou, quem sabe, transferir-lhe maus fluidos e más energias. Não sei dizer.

Como sempre, Emmanuel, o espírito amigo, mentor e protetor do Chico estava ali, bem ao seu lado e disse-lhe mentalmente:

– Chico, toma cuidado. Esse espírito é mau e é perigoso.

O Chico ficou preocupado, mas, em seguida, dirigiu-se ao obsessor.

– Meu querido irmão, que bom ter você aqui conosco. Por favor, você poderia, em nome de Jesus, nos acompanhar em uma prece? Vamos dirigir uma oração a um Ente Superior a nós dois e ao qual respeitamos ou tememos…

Ouvindo isto, o obsessor respondeu ao Chico:

– É, Chico! Você não tem jeito mesmo…!

Sem nada mais dizer, o espírito obsessor desapareceu e não mais retornou.

 

Comentário livre:

 

Chico Xavier, naquela circunstância complicada, advertido por Emmanuel de que o espírito visitante era mau e perigoso, teve raciocínio rápido e muito inteligente. Bem do seu feitio, aliás, posso dizer pelo que dele sei, embora eu não tenha tido o privilégio a alegria de tê-lo conhecido pessoalmente.

Em vez de insultar o obsessor, ou de ameaçá-lo, muito menos de demonstrar medo ou irritação, arriscando-se a dele sofrer represália, o Chico preferiu ser cauteloso e seguir o sábio e sensato conselho do seu mentor, como, aliás, costumeiramente fazia e sempre saiu-se bem dessas escolhas.

O Chico dirigiu-se ao obsessor com a sua costumeira voz mansa e pacíficas, tratando-o com respeito e bondade. Com certeza, desarmou-lhe de imediato o propósito agressivo com que viera. Talvez naquele momento periclitante, tenha se lembrado de uma passagem dos Evangelhos em que os discípulos de Jesus vieram perante o Mestre e queixaram-se

– Mestre, tentamos expulsar um espírito mau de um homem, usando o seu nome, mas não conseguimos.

Jesus explicou-lhes com bondade e paciência:

– Certos espíritos são mais difíceis de expulsar do que outros. É preciso oração.

Ninguém melhor do que o Divino Mestre Jesus, para reconhecer e enaltecer o imensurável e insuperável poder de prevenção, de mitigação do sofrimento e de cura do mal, contido na oração fervorosa, sincera, leal e constante. Por isso, ele mesmo, Jesus, orava sempre.

 

Jesus ensinou a orar, dizendo:

– “E, quando orares, não sejas como os hipócritas, que se comprazem em orarem em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade, vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes” (Mateus: Capítulo 6, Vv 5 a 8).

Por fim, Jesus legou-nos a oração perfeita e completa, o Pai Nosso,

– “Quando orardes, dizei: Pai Nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal”. (Mateus: Capítulo 6 – Vv 9 a 13).

A oração permite a formação de uma egrégora, ou seja, de uma corrente energética positiva, que pode ser forte e irresistível, capaz de proteger quem ora, afastando o mal e também todos aqueles que desejam de alguma forma nos prejudicar.

Sim, oração. Oração formal ou informal, .Oração em todo lugar. Oração a toda hora. Oração falada ou em pensamento. Mas sempre com muita fé e respeito. Não me canso de enfatizar o enorme poder que tem a oração e, sempre que posso, destaco esse seu poder e os seus atributos.

 

Vejam:

 

· A oração é a melhor forma de conexão com Deus;

· A oração previne, impede, mitiga (diminui) o mal;

· A oração permite recomeçar e chegar a um novo fim;

· A oração objetiva adorar, louvar, agradecer e a pedir;

· A oração possui poder e eficácia aqui e no mundo espiritual;

· A oração favorece tanto os encarnados quanto os desencarnados;

· A oração tem poder de cura, traz calma, alegria e felicidade;

· A oração sustenta e aumenta a nossa fé, confiança e autoestima;

· A oração mantém-nos firmes e vigilantes contra todo o mal.

.

Ainda acrescento:

 

· Existem orações formais e orações informais;

· Jesus orava sempre e incentivava a orar;

· Jesus deu-nos a oração perfeita: o “Pai Nosso”;

· Orar não exige lugar, circunstância ou ritual;

· Deus não distingue quem ora, mas valoriza a fé.

 

Por fim, dizem que Deus se agrada mais dos advérbios do que dos verbos: Em sendo verdade, devemos orar assim:

 

· Constantemente;

· Espontaneamente;

· Discretamente;

· Humildemente;

· Sinceramente;

· Alegremente;

· Lealmente.

 

 

Araguari, 22 de fevereiro de 2024.

1 Comentário

  1. Eliane disse:

    Os obsessores costumam também prender espíritos que não subiram por algum motivo, diz que é para pegar energia e não os deixa sair de jeito nenhum, só quando chega uns socorristas e mentores é que eles conseguem se libertar e serem levados. Quando a pessoa tem mediunidade também e não se desenvolve os obsessores tomam conta do corpo da pessoa. Mas é bom rezar bastante para afastar os maus espíritos, tem muitas pessoas atormentadas, algumas doenças podem ser do espírito, podem trazer até de outras encarnações e também colocar doenças nas pessoas com as quais eles faleceram.

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