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Visitantes abandonam lixo em represas e cachoeiras da região

qua, 7 de outubro de 2015 08:23

Da Redação

Para autoridades, esforços são insuficientes frente a falta de conscientização dos próprios frequentadores desses locais

Estudos indicam que Araguari tenha mais de 100 cachoeiras, além é claro, de ser uma região abundante em represas e outros cursos d’água atrativos. Com um tempo seco e de altas temperaturas, muita gente busca afastar o calor aproveitando esses recursos naturais principalmente nos fins de semana. Mas nem todos aproveitam o meio ambiente com responsabilidade.

Poluição em cachoeira  na região dos Verdes, registrada em outubro de 2014 (Arquivo)

Poluição em cachoeira na região dos Verdes, registrada em outubro de 2014 (Arquivo)

 

A represa das Araras, localizada no perímetro urbano (bairro Vieno) é um dos principais destinos dos araguarinos principalmente em fins de semana, assim como o lago do Piçarrão, da Vereda, represa de Emborcação e a popular cachoeira “Das Irmãs”. Não é difícil encontrar nas margens destes locais copos plásticos, latas de cerveja, embalagens pet, restos de fogueiras e outros tipos de lixo.

Segundo o comandante do 4º Pelotão de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário,  tenente Alisson Cassimiro dos Santos, os militares orientam os banhistas a não poluírem o meio ambiente. “Como geralmente são pequenas quantidades de lixo, algumas garrafas, não há previsão legal de punição para esse tipo de prática,” explica.

Além do trabalho de fiscalização, os policiais ambientais costumam desenvolver ou apoiar trabalhos com enfoque na conscientização, principal arma da qual dispõe o poder público. A Semana de Meio Ambiente, com atividades em escolas, é uma dessas ações. “A criança geralmente é mais aberta a ouvir e quando chegar na fase adulta terá atenção a isso. Esperamos que futuramente haja esse retorno. Direta ou indiretamente somos todos nós que sofremos as consequências,” salientou.

Com uma equipe reduzida, a secretaria de Meio Ambiente tem dificuldade para fiscalizar. É o que alega Braulino Borges Vieira, titular da pasta. São quatro fiscais, dois que atuam em serviços na cidade, como podas de árvores enquanto outros dois são responsáveis pelos atendimentos ligados à poluição sonora.

Questionado sobre a possibilidade de espalhar lixeiras nos pontos mais frequentados, ele afirma que a experiência não foi positiva por conta do vandalismo. “Conseguimos tambores em parceria com uma empresa privada, que deixávamos juntamente com sacos para lixo. As pessoas derrubavam a lixeira e aquilo que colocamos para ser uma solução acaba se tornando parte do problema,” comentou.

Diversas atividades voltadas para a proteção ambiental são desenvolvidas pelas secretarias de Meio Ambiente e Educação, como o projeto “Agente Ambiental Mirim”, voltado para crianças e ações de despoluição em rios da região.

Para o secretário, é impossível diminuir a poluição do meio ambiente sem a colaboração da população. “Cada cidadão precisa nos ajudar nisso. Basta levar seu saco para lixo, dar um toque no colega para que ele se sinta envergonhado. A pessoa que faz isso prejudica a si e aos outros,” concluiu.

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