Vidas salvas

A tragédia que aconteceu na barragem em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, chamou a atenção e nos fez refletir sobre até onde vai a ganância humana. Houve revolta, mas também momentos de muita emoção ao acompanharmos os resgates realizados pelo Corpo de Bombeiros. Pode ser que o salário destes profissionais não esteja em dia, assim como acontece com grande parte dos servidores do estado de Minas Gerais, mas apesar disso, a missão de salvar vidas é o principal combustível para que eles atuem sempre como heróis de verdade.

 

Fidelidade

E o salvar vidas não se limitou ao resgate de pessoas, mas também de animais. Um dos bichinhos que foi salvo pelo Corpo de Bombeiros é o Vitinho. Apesar de ser retirado de um local que apresenta riscos, ele permanece nas proximidades de casa, situada a cerca de 500 metros da pousada Nova Estância – varrida pela catástrofe.

 

Quebra-mola

No mês de agosto do ano passado contamos a história de um cão de rua, que vivia nas imediação da sede do Pelotão de Meio Ambiente da Polícia Militar. O animal recebeu o nome de quebra-mola após ter sido atropelado e não ter se ferido. Tempo depois, ele adquiriu pneumonia, sarna e foi encaminhado ao Canil Municipal onde recebeu tratamento.

 

Um dos militares, sensibilizado com a história, resolveu adotá-lo. Nessa segunda-feira, 28, depois de seis meses de adoção, os responsáveis pelo peludo, sargento Marcos e sua esposa Janine me encaminharam fotos dele; podemos notar que está bastante saudável.

O amor cura

O jeito desconfiado do animal ainda é uma característica que ainda pode ser notada. Tal comportamento provavelmente ocorre porque o bichinho sofreu maus-tratos quando estava nas ruas. Apesar disso, aos poucos ele tem confiado na família que o acolheu com tanto carinho. São histórias que nos deixam com o coração aliviado e crentes de que o amor vai desfazendo aquele nó causado, e com certeza, vai curando aos poucos.

Adeus

Termino a coluna de hoje com um texto emocionante escrito pelo jornalista Igor Rodrigues, que apesar da dor conseguiu manifestar todo amor que sentia pela Mel, que faleceu neste mês.

 

“Muitos podem me criticar por sofrer pela sua ausência, porque você era um “animal”, mas acredito no que São Francisco de Assis disse: ‘Não te envergonhes se, às vezes, animais estejam mais próximos de ti do que pessoas. Eles também são teus irmãos’.

Pois é, minha irmã! Quanto me ensinou! Ensinou a ser verdadeiro e dizer sim e não quando precisar; nos momentos em queria te pegar no colo e você não queria! Me ensinou a não chorar por qualquer coisa, mesmo passando mal e fraca demonstrou felicidade, abanando o seu rabinho.

A única coisa que não me ensinou, foi ficar longe de você. Ah! como sua ausência me faz falta! Assim como os entes queridos também me fazem.

Só nós sabíamos a cumplicidade que tínhamos um pelo outro. Mas depois de nove dias sem a convivência junto de ti, só me resta te dizer: vai com Deus! Pois ainda em vida sempre te disse: “Se um dia você precisar ir, não precisa ficar sofrendo por mim, apenas vá. Vá morar com o Pai que te espera. Eu te amo, mas Ele te ama muito mais que eu”.

E depois de 15 anos juntos te digo:

Vai com Deus, minha Vidinha!”