Da Redação

Usuários reclamam de falta de manutenção nas pistas de aeronaves

Uma comissão de vereadores realizou, nessa quarta-feira, 8, uma visita de fiscalização ao Aeroporto Santos Dumont. Durante a inspeção, questionamentos relacionados aos hangares e cobrança de decolagens e pousos ficaram sem resposta.

 

O requerimento para a visita foi apresentado na Câmara Municipal pelo vereador Rafael Guedes (SD), devido a denúncias de locação indevida de hangares. A comissão, composta pelo proponente e pelos edis Wesley Lucas Mendonça (PPS), José Ricardo de Oliveira Resende (PPS), Cláudio Coelho Pereira (SD), José Miranda Cardoso (PR) e Levi Siqueira (PMDB) esteve no local.

A equipe foi recebida no aeroporto pelo secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana, Divonei Gonçalves dos Santos. De acordo com o vereador Rafael Guedes, os documentos solicitados pela equipe não foram apresentados. “O titular da pasta solicitou um prazo de dez dias para providenciar o restante da documentação”.

Durante a reunião, o secretário afirmou que não possui mecanismos para cobrar decolagens e pousos no aeroporto e que não tem conhecimento da legislação para a liberação de hangares. “O titular da pasta está fazendo um estudo para saber como foram feitas as concessões e solicitou documentos junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), para embasamento jurídico”, comenta o vereador.

Segundo Rafael Guedes, existem 17 hangares no local, porém, o secretário de Trânsito não soube informar se os proprietários pagaram o município para a construção dos espaços. “Desses hangares, 12 são de empresários que não moram em Araguari e os outros cinco foram construídos na gestão atual. Identificamos também alguns espaços em construção, mas o secretário afirmou que irá suspender as obras”.

O vereador Rafael Guedes ressaltou que a inspeção é importante para o município e questionou a falta de informações do governo Raul Belém (PP). “Como o aeroporto é um espaço público, é necessário que haja um procedimento para a construção desses hangares. O município está perdendo dinheiro que poderia ser investido no local, enquanto os usuários têm reclamado da falta de manutenção nas pistas”.

Em relação ao programa de adequação, revitalização e melhoria da malha aeroportuária de Minas Gerais (ProAero), o secretário apresentou o documento enviado pelo prefeito, solicitando o cadastramento do município, mas afirmou que não obteve respostas do Governo do Estado.