Vereador reeleito, Flávio Queijeirinha quer intensificar atividades na Saúde em seu segundo mandato
qua, 26 de outubro de 2016 05:53por Talita Gonçalves
A série de entrevistas com os vereadores eleitos continua hoje com Lúcio Flávio Rodrigues da Cunha – Flávio Queijeirinha (PSDB). Um dos vereadores reeleitos, ele comentou a redução de votos em relação ao primeiro mandato, as perspectivas para ampliar as atividades nos próximos 4 anos e não se omitiu em falar à respeito da eleição para a presidência da Câmara e das críticas ao subsídio que aumentou o salário dos vereadores. A reportagem foi recebida no gabinete do vereador, na manhã de ontem.
Onde você estava no momento da apuração? Na casa do meu assessor Fred. Fomos para lá e ficamos a tarde toda esperando os resultados finais da eleição. Estava com minha família, amigos, todos reunidos. Acompanhamos pela rádio e alguns da família pela internet.
Como foi saber que você havia sido reeleito? Num primeiro momento todos falaram que eu havia sido eleito, mas esperei até o momento final, porque eu sei que uma reeleição é difícil, e que a gente sofre com as críticas a reeleição. Mas caiu a ficha e eu fiquei tranquilo somente após a abertura da última urna; eu havia sido eleito.
Acho que pelo trabalho que eu desenvolvo, podemos dizer que tomei um tombo nas urnas. Mas todos os vereadores reeleitos perderam votos, com exceção do Sebastião Vieira (Tiãozinho) (PRP) que tem uma votação esperada pelo que ele desempenha através do sindicato. Além dele, acho que só o Cláudio Coelho (SD) que em comparação a primeira eleição conseguiu votos a mais. Eram muitos candidatos a vereador tentando se eleger nesse pleito, se não me engane 247 ao todo. Então cada família bem dizer tinha um candidato, então ficava até difícil. Mas o trabalho que a gente faz aqui, social e na área da saúde, é o que nos ajudou a garantir mais um mandato. Quero dizer que estamos de portas abertas para trabalhar por mais quatro anos.
O que você achou da mudança eleitoral que reduziu o tempo de campanha de 90 para 45 dias? Foi positivo. Eu estava desgastado com 45 dias, não estava aguentando mais. Acho que se a gente colocar três meses é complicado. Você sai para as ruas e acaba vendo embates. Não vejo ninguém como inimigo, acredito que o voto tem que ser merecido. Não é do meu feitio brigar por votos. O povo tem que saber o que a gente faz. A gente tem rejeições, mas é certo que eu sei do trabalho feito por mim e por meus assessores.
Como você avalia esse trabalho? Muitas ações na área de saúde, encaminhamentos. Quando a gente não consegue ajudar, pagamos do bolso para que as pessoas sejam tratadas, recebam consultas de vista, para que façam tratamento em Uberlândia. A saúde do município e do país está precária. Então o pouco que a gente pode fazer, vamos fazer com as forças que temos.
Nos últimos dias a população criticou a fixação de subsídio que aumentou o salário dos vereadores, fazendo manifestações na Câmara. Qual a sua opinião a respeito disso? Cada um tem sua opinião. Mas acho que eles deveriam vir até o gabinete de um vereador para ver os gastos que temos. Precisamos abastecer carros, levar as pessoas para fazer terapias, carregando pessoas para Uberlândia, pagamos pedágio, funcionários nossos precisam de uma alimentação lá, então são situações que geram custo. Talvez outro vereador não faça isso, mas primeiro é importante analisar isso para depois falar. Só trabalho no vermelho. Do total do salário, 27,5% fica retido na fonte então recebemos R$ 8 mil. Pelos gastos que a gente tem, não é muito. Se algum manifestante quiser vir acompanhar o que a gente faz, quiser trabalhar gratuitamente, meu gabinete está de portas abertas. Ajudamos as pessoas que não tem condições de comprar um remédio, um óculos, porque nem sempre isso é possível na rede de saúde.
Como era sua vida antes de ser vereador? Sou comerciante, meu pai tem um supermercado e eu uma fábrica de espetos lá no Novo Horizonte. Então assim, somos de uma família trabalhadora, a política não mudou meu foco, continuo com as minhas atividades comerciais. Não sou só vereador, porque se a gente fosse só vereador não seria possível fazer o trabalho da maneira que gosto. Sou muito “mão aberta”.
Por que você entrou na política? Eu não queria muito, mas meu assessor Fred e o Júberson Melo me convenceram, disseram que eu tinha condição de ser um vereador pelo trabalho que eu fazia. Fora da política desenvolvia um trabalho social com as pessoas que precisam de alguma coisa no nosso círculo de convivência. Graças a Deus deu certo e a população deu mais uma oportunidade para a gente.
Como será o seu segundo mandato? Até conversei com minha equipe, vamos conversar, rever o trabalho, acho que foi bom, mas podemos inovar e ter mais pessoas ao nosso lado. Assim teremos condições de ampliar as atividades e ampliar nossa votação. Quero fazer algo diferenciado, que a gente não teve, mas com a experiência será melhor.
Você tem alguma pretensão de assumir algum outro cargo público? No momento não. Quero focar no meu mandato no Legislativo, focar no meu trabalho. Até mesmo se a gente coordenasse uma secretaria, não teria muita autonomia. Não pretendo me lançar a nenhum outro cargo, quero trabalhar meus quatro anos no mandato.
E a presidência da Câmara? Nos últimos dias vazaram áudios de WhatsApp. O que você tem a dizer à respeito? A gente tinha um grupo de nove pessoas que era focado do lado do Raul Belém (PP) para chegar à presidência, mas tem ainda pessoas despreparadas na política, que ficam soltando áudios dizendo que comprou fulano, comprou beltrano, mas a gente precisa ter palavra. Se temos um grupo, acho que não é pra difamar ninguém desse grupo. Como falei aqui, como vereador, cada um conquista seu voto e seu espaço. Não é falando mal das pessoas que você vai ter o seu voto, o seu espaço. Acho que a presidência da Câmara é a mesma coisa, mas ao invés disso você procura apenas 17. Acho que tem que ter experiência para isso, e não sair de forma despreparada para destruir um grupo que estava bem feito. Enfim, não tenho meu presidente ainda escolhido, a gente se reuniu com o prefeito, somos cinco, talvez seis, se a gente conseguir angariar o vereador Leo Mulata (PP) para que a gente possa fazer a presidência juntamente com os oito que estão do lado do Marcos Coelho (PMDB). No início deixei claro que não tinha candidato. Não sei quem é o candidato de lá e nem o de cá, mas a gente tem que amenizar os grupos para que não tenha inimizades.
Você apoiou o Raul e o Marcão acabou ganhando. Qual é sua perspectiva para o próximo ano? Fiquei do lado do Raul e estarei até 31 de dezembro. Independente disso, para ter uma melhoria no meu bairro, na cidade, não adianta ser oposição. A gente vai votar os projetos contra só porque o Raul perdeu e o Marcão ganhou? Agora é vida que segue. O que pude fazer ao lado do Raul nesses 4 anos eu fiz, então agora temos novos propósitos, que é caminhar com o prefeito eleito. Nunca vou ser oposição do prefeito eleito enquanto eu estiver nessa Casa.
Que mensagem você deixa para o povo araguarino? Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, a minha família, meus assessores que trabalham comigo e dizer para todos aqueles que confiaram no meu trabalho que agradeço muito e mais, dizer para a cidade que não sou vereador de 940 votos, e sim de 120 habitantes da cidade de Araguari. Todos que quiserem e precisarem de mim, podem saber que o meu gabinete está sempre de portas abertas e do mesmo modo que atendi nesse primeiro mandato, irei atender neste segundo mandato também.
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Quando a gente não consegue ajudar, pagamos do bolso para que as pessoas sejam tratadas, acho q isso configura compra de voto?????
Tenho um repudio com estes políticos de Araguari , eu tenho fazer serviço comunitário então , ta ficando cada dia mais descarado , uma vergonha cada desculpa para o aumento do salario deles que da vontade de vomitar , fala ainda que trabalha no vermelho, me ajuda amigo, eu acho que vereador tem que legisla ou estou enganado.
O QUE UM CANDIDATO A VEREADOR PODE PROMETER?
Um candidato a vereador pode prometer coisas como:
Fazer mudanças na lei orgânica do município;
Propor a criação de novos tributos, a extinção de tributos existentes ou mudanças nos tributos do município que sejam benéficas para a população;
Fazer mudanças importantes na lei do município relacionada à Educação.
O que um candidato a vereador não deveria prometer:
Todas as promessas a seguir não estão ao alcance dos vereadores do nosso país. Mesmo assim, elas são feitas corriqueiramente em qualquer eleição municipal. Elas são coisas que o Poder Executivo deve fazer, ou então cabem ao governo estadual. Veja:
Terminar a obra de uma rua ou uma escola;
Melhorar o serviço de coleta de lixo do município;
Implantar escola em tempo integral;
Aumentar o número de vagas na rede de educação;
Criar centros de arte e cultura;
Reforçar o policiamento em certos bairros.
A Educação Integral já existe há muito tempo nas escolas estaduais, mas é o Estado quem controla tudo, quando começa e quando termina. É muito difícil alguém falar pelo Estado.
O Estado faz a maior economia com o policiamento, é ele que manda tirar os potos dos bairros, que controla a quantidade de quilômetros que a policia pode rodar
Vereadores podem fazer doações, benfeitorias para alguma escola do Estado caso queiram.
Quanto ao município eles podem pedir através de deputados ,por exemplo reforçar o policiamento, podem fazer projetos bons.
Falta escolas nos bairros novos e distantes.