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Vaias a Dilma na Copa das contradições

qua, 18 de junho de 2014 00:00

Abertura meio desligado
O sonoro vai t**** n* c*, entoado à presidente Dilma no jogo de abertura da Copa do Mundo dividiu opiniões na internet, com certeza um dos assuntos mais comentados. Teve quem fizesse coro ao ato. Do outro lado, teve quem criticou severamente a falta de educação da “elite branca”. E teve também o pessoal que repudiou o ato, mas concordou com a sua essência.

Antes de concordar ou discordar, reproduzir a opinião alheia, é bom observar outros aspectos que não receberam a devida atenção nessa batalha virtual. Nossa presidente (jamais “presidenta”, pois flexionar uma palavra com sufixo nominal “ente”, como em impertinente, incoerente, inconsequente, é uma idiotice sem tamanho) já esperava essa reação. Tanto que esta é a primeira Copa em que um chefe de Estado não se pronunciou. Não adiantou ficar escondidinha.

nelson rodrigues
“A arquibancada é a pátria do palavrão”, dizia Nelson Rodrigues (foto). No clima do estádio, até o mais pudico dos seres humanos desfere ofensas à mãe do juiz, protegido e incentivado pela massa. Se político é alvo de xingamento e estádio é o lugar onde se faz isso à vontade, é fácil supor que colocar um político em um estádio só poderia dar nisso.

Apareceram os defensores petistas resmungando que a vaia era um ato de grosseria da “elite branca”. Como foi dito anteriormente, Dilma seria vaiada em qualquer lugar, assim como Aécio foi bastante “homenageado” no Mineirão. A diferença é que ninguém apareceu para defendê-lo “em nome dos bons costumes”.

Quer dizer que só a “elite branca” estava presente na Copa? Isso implica em uma contradição tremenda: antes da vaia, o mérito do evento era justamente a participação da “classe C” nos jogos, a geração de empregos. Quer dizer que o departamento publicitário do partido-governo não separou sequer uma centena de ingressos para as minorias, moradores das favelas, MST? Reproduzir esse papo furado de “elite branca” na Copa é admitir que, para a “classe C”, sobrou apenas o papel de garçom nesse banquete pago com o nosso dinheiro.
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Vamos ao teatro?

farnese
“Farnese de Saudade”, um dos melhores espetáculos da atualidade, chega à cidade amanhã, no feriado de Corpus Christi. Serão duas apresentações na Capela da Unipac, às 19h e 21h. Gente, é gratuito! A peça é um monólogo sobre a vida e a obra de Farnese de Andrade (1926-1996), artista plástico araguarino famoso pelo uso de materiais achados nas ruas combinados com oratórios e outros objetos encontrados em antiquários. Os pontos de retiradas dos ingressos são: Faec, responsável pela realização do evento, Casa da Cultura Abdala Mameri e Loja Artes do Bulha. Em cada sessão, a Artes do Bulha sorteará um “brinde farnesiano”. Um salve para o Marcos Fernandes, presidente do Conselho Municipal de Cultura. Sem os esforços dele para trazer a peça, nada disso teria acontecido. A foto que ilustra a nota foi tirada por Rodrigo Castro.
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Hakuna Matata

rei leão“O Rei Leão”, animação da Disney contando a história do pequeno Simba, completou 20 anos de lançamento nesta segunda-feira, 16. Dirigido por Roger Allers e Rob Minkoff, o filme está entre os maiores sucessos da Disney. Foi o primeiro filme original da Disney que não se baseou em histórias existentes, como contos de fadas. No entanto, há inúmeras semelhanças entre o mangá japonês Kimba, o Leão Branco, lançado na década de 50. A começar pelo nome dos protagonistas (Kimba e Simba). A animação que se passa na savana africana demorou seis anos para ser finalizada. Só a emblemática cena da debandada dos gnus, quando Mufasa morre, levou dois anos para ficar pronta. Alguns temiam que “Rei Leão” fosse um fracasso: a história de Simba marcou gerações.

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