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Assessora por 8 anos e funcionária da Saúde, Ana Lúcia é eleita vereadora pela primeira vez

ter, 18 de outubro de 2016 05:48

por Talita Gonçalves

Eleita em sua segunda candidatura, ex-assessora e funcionária do Posto de Saúde do Amorim não abre mão de conciliar rotina de trabalho com as atividades de dona-de-casa

Vereadora eleita pelo PTC, Ana Lucia Rodrigues Prado, 50 anos, possui uma trajetória de muito trabalho e simpatia dos eleitores conquistados no cotidiano, que antecedeu qualquer protagonismo na política. Foi assessora do ex-vereador Rogério Bernardes (PTC) por oito anos e trabalhou três anos no Posto de Saúde do bairro Amorim, onde conquistou o carinho dos moradores pelo atendimento humanizado. Apesar da forte atuação, faz questão de preservar a rotina de dona-de-casa e acredita que a presença feminina na Câmara pode trazer um olhar diferenciado na hora dos debates. Ana Lúcia visitou a redação da Gazeta do Triângulo na última sexta-feira, 14.

Ana Lúcia  faz questão conciliar rotina de trabalho e cuidados com o lar

Ana Lúcia faz questão conciliar rotina de trabalho e cuidados com o lar

 

Onde você estava no momento da apuração? Estava na minha casa, com a minha família, amigos e apoiadores. Acompanhamos pelo rádio, internet, voto a voto. Eu não estava muito próxima, mas o pessoal ia me falando. Todos rezando, unidos e graças a Deus veio esse resultado positivo.

Como foi para você saber que havia sido eleita? Foi muito bom. Tivemos uma busca pelo eleitor, tenho afinidade com muitas pessoas, somos muito unidos, então foi maravilhoso. Nem pensei em mim propriamente, mas no rosto de cada um que estava comigo e ver aquela alegria. Minha campanha foi muito especial, feita por pessoas muito boas. É muito amor envolvido.

Você disse que sua campanha foi especial. Por que? Nos últimos anos eu trabalhei no Posto de Saúde do bairro Amorim, fui conhecendo muita gente. As pessoas precisam de uma consulta, então esse era o meu trabalho, era paga para isso, atender bem as pessoas. E como gosto do que eu faço, fica ainda mais tranquilo e melhor. Então fomos contando com um apoio cada vez maior. Na campanha passada foram muitas pessoas, mas agora dobrou. Tinha gente que chegava em mim e me contava que viu material meu em Florestina, em Piracaíba, falando coisas boas de mim. Todos me ajudaram espontaneamente. Um parente, um amigo e tudo foi crescendo. Teve um dia que o rapaz do carro que ia fazer a propaganda de som veio aqui, mas a gente não tinha os equipamentos. Sei que meus sobrinhos, minhas filhas foram falando para amigos, vizinhos, e de repente todo mundo começou a trazer as caixas de som, aparelhagem… O rapaz do som disse que ainda não tinha visto isso. A carreata também, começou com 80 carros, sem ajuda de gasolina, nada. Terminou com os mesmos 80 carros participando. Esses votos valem por milhões, é algo que não tem preço.

Foi a sua segunda candidatura. E a primeira? Foi uma surpresa. Fui convidada para ser candidata em cima da hora e foi uma surpresa positiva para mim e para o partido (PTC) também, onde a gente teve 1.15 votos. Foi por pouco então? Sim, mas é porque não era a hora. Agora graças a Deus fomos à luta de novo. Estou muito feliz.

Como começou o seu envolvimento com a política? Eu trabalhava no comércio e o Rogerinho (Rogério Bernardes) me procurou, porque ele ia sair candidato. Você conhecia ele? Sim, conheci ele no futebol, porque adoro muito, acompanhava os jogos, meu marido é treinador. O Amorim estava precisando de um candidato, então ajudei ele na campanha, ele foi eleito e me convidou para ser sua assessora. Fui assessora durante oito anos, nos dois mandatos dele.

Agora você é a vereadora. Essa experiência em assessoria vai te ajudar? Sim. Tenho conhecimento da estrutura do lado de dentro, questão de funcionamento do Plenário, requerimentos, projetos, mas agora verei como é estar na frente. De certa forma, estar habituada a esse dia-a-dia da Câmara vai me ajudar bastante.

O que você achou da mudança eleitoral que reduziu o tempo de campanha de 90 para 45 dias? Achei ótima, principalmente para mim. Porque a política você não faz em 45 dias. É de ano após ano, de segunda a segunda. É estar sempre em contato com as pessoas. E eu era assim antes mesmo de entrar na política. Mesmo o tempo sendo mais curto, andei na zona rural, pois é um lugar onde tenho muitas amizades. São pessoas muito boas, fui acolhida. Então acho que isso não foi prejudicial.

A Câmara Municipal terá duas mulheres vereadoras neste mandato. O que você acha disso? Gostei muito, acredito que vamos somar. Falo muito que mulher tem uma sensibilidade quase que divina, um olhar especial. Tem a ver com a maternidade, com aquele sentimento de cuidar. Não discriminando os homens, mas mulher tem uma visão mais carinhosa. Claro que isso não deve estar acima da razão, mas vejo que em muitas questões onde o Legislativo e o Executivo precisam tratar, esse olhar feminino pode contribuir muito.

O que as pessoas podem esperar do seu mandato? Projetos para a saúde, área social e segurança pública. Como trabalhei na Saúde, tenho mais conhecimento na área. Vejo que tem muita coisa que basta ser mudada de lugar. Penso que certas mudanças organizacionais não são burocráticas e podem fazer a diferença. Não é que eu seja expert no assunto, mas com a prática a gente acaba entendendo algumas coisas. Por exemplo, por que em Araguari, um município com 120 mil habitantes, nós temos uma quantidade de cirurgias de ortopedia igual a de cidades que tem 10 mil habitantes? Essa é uma das coisas que pretendo saber. Tem muita gente com problema no tendão e aqui não é feita esse tipo de cirurgia. Queria saber o porquê dessa demora, pois a demanda é grande e a fila vai só aumentando. Desde que venho trabalhando fico querendo entender. Mas como assessora, funcionária da Saúde, eu não tinha tanta autonomia para procurar isso. Essas são algumas das coisas que pretendo analisar. Procuro facilitar as coisas para as pessoas. Por exemplo, a pessoa está doente, está com um problema.

Quais as suas expectativas para essa nova fase? Quero ser vereadora do povo para o povo. Moro no bairro Amorim, mas sou vereadora de toda a cidade e da zona rural. Eles são maravilhosos. Adorei estar em contato direto com eles. Meu filho e um amigo dele trabalham na zona rural e me levaram para conhecer o pessoal. A gente vai às festas, nos terços, almoços e vai acompanhando o dia-a-dia deles. E eles é que trazem os alimentos e a produção agrícola para a cidade. Quero trabalhar, fazer o meu melhor. A primeira candidatura eu fui meio que sem acreditar muito, mas desta vez não, estava preparada, para ir atrás do voto e ser eleita.

Me disseram que apesar de trabalhar fora, você gosta de cuidar da casa, dos afazeres domésticos. Sim, sou dona-de-casa, consigo conciliar as coisas. Adoro cuidar da minha casa. Se eu te falar que gosto de lavar roupas, até parece mentira. Mas tenho esse jeito mãezona de todos. Minha casa é sempre cheia de gente. Você pode ir lá a qualquer hora que vai ter irmãos, sobrinhos, somos muito unidos. Minha vida vai continuar normal, quero lavar minha roupa, ter a hora de poder sentar e conversar com os meus amigos.

Que mensagem você deixa para a população araguarina? Quero dizer para as pessoas que elas podem esperar de mim uma luta constante por melhorias, vou dar o meu melhor. Agradeço primeiro a Deus e minha família, amigos e apoiadores por essa oportunidade e afirmo mais uma vez: a Ana Lúcia vai ser a vereadora do povo para o povo.

4 Comentários

  1. ney disse:

    corrigindo ela foi eleita pelo PTB e não pelo PTC.

  2. Junior disse:

    Será que a nobre Vereadora Eleita vai lutar pela população o fará OPOSIÇÃO? Pois a sua coligação apoiava o atual Prefeito e candidato a Reeleição.

  3. paulo disse:

    Eliane, cadê vc ? Acabou o pagamento para vc depois das eleições ?

  4. Eliane disse:

    Não, o meu patrão Fernando Pimentel continua mandando direitinho o meu pagamento e eu ainda estou de férias prêmio dois meses. Você bebeu ou tomou cerveja estragada.O rapaz você está me estranhando, presta atenção, Eu estou muito feliz, meu candidato foi eleito. Você deve estar com uma raiva.
    Essa palavra cadê não existe, e você não se abrevia, nomes próprios usa-se letras maiúsculas.

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