SindUTE convoca educadores de Araguari para aderir à greve estadual
ter, 18 de fevereiro de 2020 05:02Da Redação
As aulas nas escolas de Minas Gerais tiveram um início conturbado devido aos transtornos relacionados às matrículas, designações e a greve por tempo indeterminado. Após assembleia estadual realizada na última sexta-feira, 14, professores, diretores, inspetores e outras profissões da classe decidiram seguir em estado de greve. Durante a reunião que aconteceu no pátio da Assembleia Legislativa, os profissionais receberam ainda o apoio dos petroleiros e trabalhadores dos Correios que também estão em greve, dos servidores da saúde, dos educadores da rede privada de ensino, de vários movimentos sociais e estudantis e do Levante Popular da Juventude.
Entre as reivindicações da categoria estão: o pagamento de todo 13° salário de 2019, uma vez que 30% da classe ainda não foram contempladas com o abono; a aplicação do mínimo de 25% dos recursos tributários do Estado na Educação e o pagamento do piso nacional dos professores. Além disso, os funcionários pedem isonomia de tratamento por parte do governo de Minas. Os educadores também pedem a interrupção de políticas que, de acordo com o sindicato, dificultam o acesso à educação – como sistema de pré-matrículas online, plano de atendimento, fusão de turmas, demora na publicação das remoções e resolução de designação.
De acordo com Paulo Henrique Santos Fonseca, diretor estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE/MG), até o momento o governo não sinalizou que iria atender a pauta reivindicada. Segundo tem acompanhado a reportagem, a adesão ao movimento na região é “crescente”, mas ainda não há números de escolas paradas. A informação divulgada pela Secretaria de Estado de Educação (SEE) é de que 97,2% das escolas estaduais mineiras tiveram funcionamento normal ou parcial em razão da greve na última semana.
Em Araguari, até o momento nenhuma escola foi afetada completamente pela paralisação dos trabalhadores. Desta forma, as unidades de ensino estão orientando à comunidade escolar caso haja a interrupção dos trabalhos e como será o funcionamento neste período. Na noite desta segunda-feira, 17, por exemplo, a direção do Sindicato subsede Araguari se reuniu com educadores e demais interessados na Escola Estadual Raul Soares.
Na oportunidade, os participantes puderam esclarecer suas dúvidas e receberam informações sobre a greve e a pauta de reinvindicação. “A convocação de greve é para toda categoria, assim, estamos trabalhando para informar e convencer os profissionais do município a aderir ao movimento, diante da necessidade de unir nossas forças e cobrar nossos direitos junto ao governo do Estado. Todos aqueles que tiverem interesse também podem nos procurar para que possamos conversar sobre o que tem acontecido em nosso Estado, uma vez que as decisões tomadas pelo governador têm prejudicado não só os professores, mas também os alunos, pais e demais profissionais da educação,” afirmou Aurívio Veiga, professor e membro do Sindicato.
Conforme ressaltou, o estado de greve voltará a ser discutido no dia 20, quando acontecerá outra assembleia estadual em Belo Horizonte. Durante esta semana também será realizada uma vigília permanente na Assembleia Legislativa. A atividade se encerra no dia 21, próxima sexta-feira. Em Uberlândia, das 67 escolas da cidade, 16 estão totalmente paralisadas e cinco tiveram adesão parcial, impactando cerca de mil alunos dos ensinos Fundamental e Médio. Em Uberaba, são 40 escolas estaduais.
Por outro lado, a SEE/MG afirmou em nota que respeita o direito constitucional de greve dos servidores e reitera que tem mantido diálogo franco e aberto com os representantes sindicais. A secretaria também informou que, até o momento, 70% dos servidores da educação receberam o 13° salário integral. Além disso, a pasta declarou que espera receber os rendimentos do nióbio para a conclusão do pagamento e o fim do parcelamento dos vencimentos.
Sobre o piso nacional, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) informou que a remuneração inicial na rede estadual é de R$ 2.135,64 para a carga horária vigente de 24 horas semanais – o que, proporcionalmente, equivale a R$ 3.304,23 para uma jornada de 40 horas. Para o órgão, isso atende à legislação nacional. A Seplag ressaltou ainda que, no ano passado, foram aplicados em Educação 25,32% da receita de tributos e impostos arrecadados, índice superior ao estabelecido pela Constituição.
1 Comentário
Deixe seu comentário:
Últimas Notícias
- 53º BPM tem nova mudança de comando e Major Sobreira está novamente à frente da unidade ter, 10 de setembro de 2024
- Fase de grupos da Segunda Taça das Favelas do Triângulo acontece amanhã sex, 6 de setembro de 2024
- Incêndio é provocado dentro do Aeroporto em Araguari sex, 6 de setembro de 2024
- Ações positivas seguem sendo realizadas pela PRF na BR-050 sex, 6 de setembro de 2024
- Polícia Militar realiza operação contra o tráfico de drogas e prevenção de homicídios em Araguari sex, 6 de setembro de 2024
- Coluna: Da Redação (05/09) qui, 5 de setembro de 2024
- Coluna: Direito e Justiça (05/09) qui, 5 de setembro de 2024
- Prefeitura conclui atendimento de endoscopias e reforça necessidade de atualização cadastral qui, 5 de setembro de 2024
- Prefeitura e Batalhão Ferroviário realizam desfile cívico-militar em comemoração ao feriado da Independência qui, 5 de setembro de 2024
- Eleitores com transferência temporária podem verificar local de votação no e-Título qui, 5 de setembro de 2024
> > Veja mais notícias...
Fazem greve, não se resolve porcaria nenhuma, pois se trata de uma classe extremamente desunida, e os líderes grevistas, pelo menos em Araguari, saem candidatos a vereador. Das duas uma, quem entrou em greve ou é massa de manobra política ou é boi de presépio. Professor merece salário digno e muito respeito de todo e qualquer cidadão, mas não merece um sindicato incompetente e mal intencionado. Não é o professor que tem de fazer greve, é a população quem tem de cobrar do Governo a correta valorização da classe, pois ninguém é alguma coisa na vida sem o professor. Utopia? SIM. O brasileiro fica feliz com o cheiro de uma nota de dois reais. Sociedade que não valoriza seus profissionais da educação é tendenciosa ao fracasso moral, social e econômico. Povo desunido, professores desunidos, corruptos nadando de braçada nos cofres públicos. Minas Gerais vai pagar muito caro por esse descaso, provará o futuro.