Servidores da educação estadual seguem em greve pelo 10º dia
sex, 18 de março de 2022 09:39Da Redação
Na tarde da última quarta-feira, 16, uma Assembleia Estadual de Greve foi realizada em Belo Horizonte, pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG). Na reunião foi aprovada por tempo indeterminado a permanência da greve na Rede Estadual.
No dia 9 de março, os servidores da rede estadual de Minas Gerais aderiram à greve. A categoria busca que o governador Romeu Zema (Novo) cumpra o Piso Salarial Profissional Nacional.
Conforme as informações da direção do sindicato, desde 2019, o governo de Minas Gerais foi cobrado em relação à aplicação dos reajustes do Piso. Porém, mesmo depois de 19 reuniões realizadas com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e o envio de 39 Ofícios, não aconteceu nenhum avanço nas negociações.
“A nossa greve está crescendo. Em todas as regiões de Minas Gerais temos cerca de 80% de adesões. Em Araguari, o número ainda é pequeno, mas estamos conseguindo mobilizar o pessoal. As escolas estaduais Jose Carneiro da Cunha, Dona Eleonora Pieruccetti e Paes De Almeida estão bem mobilizadas. O movimento está crescendo e o pessoal está tomando consciência que não pedimos nada além de justiça. O Piso Salarial é um direito nosso”, disse o presidente do Sind-UTE Araguari, José Luiz da Costa.
De acordo com a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, professora Denise Romano, o piso salarial foi reajustado em 2022 e está em R$ 3.845,63, mas, o atual governo paga aos professores da rede estadual apenas R$ 2.135,64.
O Piso Salarial é um direito garantido pela Lei Federal 11.738/08, pela Constituição do Estado, através do artigo 201A, e pela Lei 21.710/2015. Na Constituição do Estado, é assegurada a aplicação do piso não só para o Magistério, mas para todas as carreiras da Educação: Professores da Educação Básica (PEB), Especialistas da Educação Básica (EEB), Analistas Educacionais (ANE), Analistas de Educação Básica (AEB), Analistas Educacionais (ANE – Função de Inspeção Escolar), Assistentes de Educação (ASE), Assistentes Técnicos de Educação Básica (ATB), Técnicos da Educação (TDE) e Auxiliares de Serviços da Educação Básica (ASB).
O presidente do Sind-UTE Araguari também disse que o governo de Minas Gerais tem feito ameaças aos servidores que aderiram ao movimento, pois sempre que não existe um argumento plausível para o descumprimento da lei, os profissionais sofrem ameaças de demissão e corte de ponto.
Segundo o sindicato, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a pedido do Sind-UTE/MG começou um processo de mediação na ação da greve ajuizada pelo Estado. A audiência de conciliação foi remarcada para a próxima segunda-feira, 21, às 14 horas.
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