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Sepulturas “sumiram” dentro do Cemitério Bom Jesus

qua, 4 de junho de 2014 01:00
O cemitério Bom Jesus sempre foi alvo de  críticas e acusações envolvendo possíveis atos de comercialização clandestina de áreas. Foto: Gazeta do Triângulo

O cemitério Bom Jesus sempre foi alvo de
críticas e acusações envolvendo possíveis atos de comercialização clandestina de áreas.
Foto: Gazeta do Triângulo

ADRIANO SOUZA – Inaugurado na década de 20, o cemitério Bom Jesus sempre foi alvo de críticas e acusações envolvendo possíveis atos de comercialização clandestina de áreas. Durante a semana uma situação chamou a atenção quando um jazigo não foi encontrado. A família esteve no cemitério em busca de informações uma vez que era necessário providenciar um sepultamento. A solução foi transferir o corpo para o Cemitério Park, ficando o compromisso diante da família de que aconteceria sua transferência tão logo o jazigo fosse localizado.

Outro caso é o de uma família que procura desde 2008, o túmulo onde foi sepultado um parente em 1966. A pessoa que sempre visitava o local faleceu em 2005, e agora os familiares buscam a identificação desta área. Mesmo com todos os detalhes, não há registro no livro apropriado. O assunto ganhou repercussão ontem na reunião da Câmara Municipal, onde inclusive houve o pedido do vereador Levi Siqueira (PMDB) para que a administração promova uma reorganização nos túmulos com a digitalização dos arquivos contendo dados de cada sepultura possibilitando ainda, a identificação da existência ou não de áreas dentro do jazigo, evitando assim que  ocorram novos problemas de desaparecimento de sepulturas, além de dificultar a prática ilegal.

Placas de identificação são encontradas soltas por toda parte no cemitério. Foto: Gazeta do Triângulo

Placas de identificação são encontradas soltas por toda parte no cemitério. Foto: Gazeta do Triângulo

A reportagem da Gazeta do Triângulo esteve no final da tarde de ontem no cemitério Bom Jesus e falou com o supervisor Marcos Luciano Salles. Salles disse que, casos como este estão sendo registrados devido à maneira antiga de identificação dos túmulos. Atendendo convite do mesmo, a reportagem andou em algumas quadras onde foi possível observar que  a identificação não segue uma ordem e, em alguns pontos, uma sepultura possui dois registros. “Antigamente as famílias escolhiam a numeração dos túmulos e em alguns casos, essas placas se soltaram deixando o local sem identificação, como as chamadas cruzetas onde havia sepultamento no chão, sem qualquer identificação”, comentou.

O supervisor disse ainda que a única área organizada dentro do cemitério é a parte  ampliada na gestão do prefeito Wanderley Inácio, onde é respeitada a sequência numérica assim como os registros. “Uma bola de neve, assim eu resumo a situação atual do cemitério diante desses problemas que surgem”. “Coincidência ou não, o cemitério Park foi inaugurado se não me engano em 2002 e até 2013, foram construídos 12 jazigos, e desde novembro quando eu assumi aqui, foram construídos 38 jazigos no cemitério Park, o que deve ser levado como um número alto, o que significa dizer que houve uma redução considerável de sepultamento no Bom Jesus, descartando irregularidades” finalizou Salles.

Sobre os fatos, a Promotora de Justiça, curadora do Patrimônio Público, Leila Maria Correia de Sá e Benevides, deixou claro em entrevista a rádio Onda Viva AM, que irá cobrar do poder Executivo sobre os fatos que estão sendo relatados. Lembrando que a administração vem trabalhando para encontrar os túmulos que estão desaparecidos.

1 Comentário

  1. antonio disse:

    É SÓ PROCURAR NO BOLSO DE “ALGUNS” QUE VÃO ENCONTRAR. DEVEMOS FAZER IGUAL AOS RICAÇOS LEVAR O CORPO PARA CREMAÇÃO E PRONTO, ACABAR COM ESSA “CAIXINHA2” QUE O SEPULTAMENTO DE CORPOS GERA.É VERGONHOSO, MAS EXISTEM SERES QUE ATÉ DEPOIS DA MORTE QUEREM SUGAR…. LAMENTÁVEL!

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