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Vereadora questiona procedimento de internação via SUS em Araguari

qua, 19 de outubro de 2016 05:20

Da Redação

Pacientes que deveriam permanecer na UPA por 24h são mantidos por até cinco dias

A vereadora Eunice Mendes (PMDB) apresentou, nessa terça-feira, 18, um requerimento solicitando informações da secretaria de Saúde sobre as Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) via Sistema Único de Saúde (SUS).

Vereadora solicita informações sobre a Autorização de Internação Hospitalar

Vereadora solicita informações sobre a Autorização de Internação Hospitalar

 

De acordo com a vereadora, há rumores de que, seguindo ordens da secretaria de Saúde, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tem mantido os pacientes no local, para evitar a emissão da Autorização de Internação Hospitalar (AIH). “Ficamos sabendo que a UPA tem segurado os doentes por muito tempo, porque a secretaria de Saúde está tentando diminuir o número de AIH”.

A vereadora afirma que, segundo o regimento, os pacientes podem permanecer no máximo 24h na UPA, porém, tem ficado por até cinco dias. “Esses pacientes ficam na UPA além do prazo permitido antes de serem encaminhados para a Santa Casa ou para outros hospitais, mas eles necessitam de ações mais contundentes para que sua condição melhore”.

Segundo a vereadora, o objetivo da secretaria de Saúde é economizar as Autorizações de Internação Hospitalar. “Alguns pacientes precisam de tratamentos específicos, que só podem ser oferecidos nos demais hospitais, então, queremos saber o que leva os dirigentes da UPA a manterem essas pessoas. Queremos saber o porquê disso estar acontecendo”.

Eunice Mendes comenta que a AIH gera mais gastos para a secretaria de Saúde. “Se o paciente é encaminhado para a internação em um hospital, a prefeitura tem que pagar uma complementação por paciente e cada AIH possui um valor diferente. Se eles ficam com o paciente na UPA, gera menos gastos. Não sabemos quais as intenções deles, mas é um absurdo”.

A vereadora afirma que, quando os pacientes são encaminhados para os outros hospitais, estão em condições muito críticas. “O objetivo da UPA é estabilizar o paciente que chegou em péssimas condições e, depois, eles tem a obrigação de transferir para outro hospital, para que sejam realizados outros procedimentos. Estamos lidando com vidas humanas e as pessoas estão morrendo por conta disso”.

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