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Saúde Alerta – Como parar de fumar?

qua, 10 de junho de 2015 07:35

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Elas buscam mais ajuda, mas demoram mais que eles para parar de fumar.

As mulheres têm muito mais dificuldade em largar o vício do cigarro do que os homens. Isso acontece devido a presença de diversos fatores tais como: hormonais, psicológicos  e sociais. Segundo fontes do Ministério da Saúde, o número de ex-fumantes no país é maior entre os homens (26,0%) do que entre as mulheres (18,6%).

Enquanto o homem consegue parar de fumar com gomas de mascar ou, muitas vezes, até sozinho, a mulher sente mais necessidade do uso de medicamentos durante o processo.

O que é mais preocupante é que as consequências do cigarro na mulher são também, em certos aspectos, mais preocupantes. O cigarro antecipa a menopausa, aumenta as chances de acidente vascular cerebral, infarto, aneurisma de aorta e, durante a gravidez, de abortos e nascimento de bebês prematuros.

Uma mulher que fuma tem de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto que uma não-fumante. Quando há o uso concomitante de anticoncepcionais, este número pula para 10. E com relação a acidente vascular cerebral, o risco passa a ser simplesmente 20 vezes maior e ainda aumenta em 30 vezes o risco de trombose venosa profunda, que afeta os membros inferiores, gerando trombos que podem se desprender, cair na corrente sanguínea e ir para os pulmões, para o cérebro e outras regiões sobretudo  as mais jovens.

A mulher também é esteticamente mais cobrada e biologicamente mais dependente. Socialmente, a mulher é mais cobrada e encontra no cigarro uma fuga. Biologicamente, ela possui mais receptores para a nicotina, causando no organismo maior dependência química.

Segundo dados do Ministério da Saúde, as mulheres tendem a usar o cigarro para diminuir sintomas de ansiedade e depressão, ao contrário dos homens, que na grande maioria das vezes fumam por prazer. Com isso, na hora de deixar o vício, uma série de fatores psicológicos entra em jogo.

A depressão é mais comum no sexo feminino, e a nicotina tem efeito antidepressivo, pois dá sensação de relaxamento, prazer e bem-estar. Então, quando a mulher começa a tentar deixar o cigarro, ela pode passar por períodos de instabilidade gerados pela falta da substância no organismo. Portanto, ela tende a ter mais recaídas causadas pela ansiedade. Tem também o vício psicológico,porque ela pode ficar mais ansiosa e descontar na comida, o que leva ao aumento de peso. Entretanto, com orientação médica e atividade física é possível reverter esse quadro.

Existe também a questão da autoafirmação, principalmente entre as mais jovens. Hoje em dia existe uma liberalidade maior, as mulheres fumam e bebem mais. Atualmente, fumar é um ato mais social.

A questão hormonal, principalmente para aquelas que estão entrando na menopausa, também interfere. A menopausa é antecipada na relação dose-resposta. Quanto mais a mulher fuma, mais precocemente vem a menopausa.

O organismo da mulher sofre algumas alterações, como ondas de calor, suores noturnos, autoestima baixa e depressão, fatores que facilitam o apelo ao vício. Com o fim do ciclo reprodutivo, o corpo deixa de produzir estrógeno, o hormônio sexual feminino. Como a substância protege ossos e artérias, sobretudo, a falta de estrógeno deixa a mulher mais suscetível a doenças do coração.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) uma das evidências dos malefícios do cigarro no corpo da mulher são os casos de câncer de pulmão. Na década de 40, esse tipo de tumor maligno era incomum entre as brasileiras. No entanto, no último balanço divulgado este ano, é a terceira causa de morte entre mulheres, só atrás do câncer de mama e do de colo de útero. Estudos constataram que 95% dos cânceres de pulmão ocorrem em pacientes com histórico de tabagismo.

Concluindo mulherada: passou da hora de largarem o cigarro. Que tal começarmos agora, imediatamente após o término da leitura dessa coluna?

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