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SAE avalia necessidade de planejamento a longo prazo para abastecer a cidade

qui, 14 de janeiro de 2016 08:00

Da Redação

O município de Araguari possui uma extensão total de 2.745,85 km2, localizado no Triângulo Mineiro, região oeste do Estado de Minas Gerais. Está a 569 km do município de Belo Horizonte e no limite noroeste do sistema Aquífero Guarani. Com isso, o suprimento de água da região é de origem subterrânea, extraída de poços tubulares perfurados predominantemente do aquífero Bauru.

Abastecimento de Araguari é feito através de águas captadas em lençóis freáticos

Abastecimento de Araguari é feito através de águas captadas em lençóis freáticos

 

No entanto, a extração desenfreada, o aumento da população e consequentemente do abastecimento e os constantes períodos de seca tem reduzido sistematicamente o nível de água dos lençóis freáticos em todo o país.

Pensando nisso, a Superintendência de Água e Esgoto – SAE pretende começar a avaliar dados para fazer um levantamento sobre a possibilidade de captação de água superficial em rios da região. Segundo o superintendente adjunto da SAE, Edson Viera Junior, ainda não há nada concreto em relação à isso, mas segundo ele, é necessário discutir a ideia. “Teríamos que fazer uma análise completa em relação ao fornecimento de água,” explica.

Ele afastou a possibilidade de problemas no abastecimento e classificou a intenção de realizar o levantamento como precaução, pois se trata de algo a longo prazo. “Por exemplo, se daqui a 30 anos tivermos 300 mil moradores em Araguari, será que o aquífero suporta? Acredito que não, e justamente por isso, precisamos pensar em alternativas para o futuro,” disse.

O planejamento completo deve exigir consultorias e apoio de órgãos estaduais e federais ligados à atividade e liberações ambientais para a construção de uma estação de tratamento de água, e, principalmente, recursos. “A ETA de Uberlândia custou mais de 300 milhões. É um projeto que exige grande quantidade de recursos,” salientou.

O município não teve falta de água em 2015, de acordo com o superintendente adjunto. “Houve alguma dificuldade em setores esporádicos por falha técnica, problema de energia, nas bombas. Todos os bairros estão abastecidos, inclusive com regularidade em setores críticos como Goiás parte alta, Flamboyant. Nesse período chuvoso temos notado que a conscientização da população após aquele período de saca mais crítico, de agosto a novembro, de forma geral tem sido mantido,” concluiu.

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