Da Redação

Aos poucos acontece em todo o país a retomada econômica, com base em dados analisados acerca da pandemia e através da elaboração de planos que verificam a viabilidade da flexibilização e das restrições sanitárias para diversos setores que tiveram atividades interrompidas.

Dentre essas atividades, ainda alvo de análises, discussões e incertezas entre governo, sindicatos de trabalhadores e Ministério Público está o retorno as aulas tanto em âmbito público quanto privado.

 

Considerado tema polêmico por envolver diversos tipos de questionamentos, esse retorno nas regiões se dará de acordo com as faixas de flexibilização, sendo que a maioria prevê a retomada somente na faixa que anuncia o menor risco de contaminação pelo coronavírus.

No Amazonas as aulas retomaram de maneira gradativa agora no mês de agosto, começando pelo ensino médio, tendo turmas divididas e aulas online para aqueles que não assistirem as aulas presenciais. Em alguns estados como São Paulo, Amapá, Rondônia, Tocantins, Piauí e Rio de Janeiro por exemplo, a previsão de retorno das aulas nas redes pública e privada são para setembro e outubro, enquanto outros estados ainda não têm previsão. Em Minas, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais ainda elabora um protocolo para a retomada, de acordo com as normas da Secretaria de Estado de Saúde, e não possui uma data definida nem mesmo como previsão de retorno.

O SinepMG (Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais) possui um parecer homologado em 3 de agosto acerca de orientações educacionais para realização de atividades pedagógicas e das aulas presenciais e não presenciais no contexto da pandemia, que trata de desafios que as escolas enfrentarão em relação às decisões que envolverão a retomada das aulas presenciais, desde o planejamento do cronograma escolar, capacitação de professores e funcionários, planejamento das atividades de recuperação dos alunos, até as questões de segurança, que envolverão orientações das autoridades sanitárias locais e das diretrizes definidas pelos sistemas de ensino.

Já a Assessoria de Inspeção Escolar (ASIE) de Minas Gerais divulgou recentemente orientações às escolas da rede pública municipal de ensino (sem sistema próprio) e às escolas privadas relacionadas as diretrizes operacionais a serem desenvolvidas em relação a reorganização das atividades pedagógicas não presenciais.

Em Araguari algumas escolas aproveitaram o fechamento presencial para realizar reformas e ampliações em suas dependências, e a Prefeitura entregou duas novas creches, mas por ora, assim como o estado, está sem previsão de retomada das aulas presenciais.

Segundo Cristiane Nery Pereira, Secretária de Educação de Araguari, “Com relação a retomada das aulas, tudo vai ocorrer de acordo com os órgãos competentes do Estado e do Município, mediante um plano de contingência que a Secretaria de Educação está montando de acordo com as normas de segurança, mas não há nada liberado pelos órgãos competentes. Quando isso ocorrer, o plano de contingência que estamos montando será avaliado pelo Conselho Municipal de Educação e, se assim aprovado, retornaremos. Mas se formos pensar a nível de país e estado não temos uma data prevista. Estamos em um período de insegurança com relação ao retorno”.

Veja a íntegra da nota da SEE:

“A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informa que está elaborando um protocolo para o retorno às aulas presenciais, em consonância com as orientações da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

O Regime de Estudo não Presencial, desenvolvido e ofertado pela SEE/MG para toda a rede pública estadual de ensino, atualmente é composto por um conjunto de ferramentas pedagógicas que funcionam de maneira complementar: o Plano de Estudo Tutorado (PET); o aplicativo Conexão Escola; e o programa de TV “Se Liga na Educação”.

O PET, principal ferramenta e instrumento estruturante do Regime, está disponível para os alunos nos meios virtuais (site estudeemcasa.educacao.mg.gov.br, aplicativo Conexão Escola e via e-mail) e é entregue de forma impressa para os estudantes que não têm acesso à internet.

As outras ferramentas oferecidas de forma complementar são as teleaulas do “Se Liga na Educação”, programa exibido pelos canais da Rede Minas e pela TV Assembleia; e o aplicativo Conexão Escola, que reúne os arquivos dos PETs, os vídeos das aulas e um chat para interação aluno e professor que pode ser acessado por dispositivos móveis e pela web. As videoaulas são exibidas também nos canais da Rede Minas e da SEE/MG no Youtube, onde ficam disponíveis depois para serem revistas”.