Reeleito, Levi Siqueira menciona projetos importantes de seu primeiro mandato
sáb, 22 de outubro de 2016 05:46Da Redação
Continuando a série de entrevistas, o Gazeta do Triângulo ouviu o vereador Levi Siqueira, que foi reeleito com 1.115 votos pelo PMDB. Ele afirmou possuir mais de 20 anos de experiência no meio político e falou sobre sua trajetória até chegar à Câmara Municipal. Em relação a seu primeiro mandato, destacou as principais políticas públicas desenvolvidas e que terão continuidade nos próximos anos.
Onde você estava no momento da apuração? Eu estava na igreja. Nós temos dois cultos aos domingos, então, desde o final da eleição eu estava na igreja. No transcorrer do primeiro para o segundo culto é que os irmãos nos informaram que tivemos a alegria de ter sido reeleito, o que nos deixou muito satisfeitos. Oramos juntos agradecendo a Deus.
E qual foi a sensação de saber que havia sido reeleito? A sensação é de alegria e ao mesmo tempo de renovo de responsabilidade. Sabemos do momento difícil da classe política no país, devido a tantos escândalos, então, você ser reconduzido por mais quatro anos, por parte da população, dá um senso de responsabilidade e de que ainda existem pessoas que acreditam que possamos representá-las. Isso para nós é motivo de alegria.
Esse ano os candidatos tiveram apenas 45 dias para a campanha. Isso atrapalhou? Como essa foi a primeira campanha de 45 dias, acabamos tendo que otimizar bastante as nossas ações. Na campanha passada, com 90 dias, dava para reorganizar, pensar os bairros, mas com 45 dias, você precisava pensar dentro do carro, indo de um bairro para outro. A campanha foi muito rápida, então, tivemos que fazer com que todos os dias fossem muito bem aproveitados.
Você acha que isso interferiu na quantidade de votos? Era o que você esperava? Em relação a quantidade de votos, sempre almejamos mais, no entanto aconteceu um fenômeno no Brasil inteiro de diminuição de votos. No pleito de Araguari, poucos vereadores conseguiram um aumento de votos. Lógico que sempre trabalhamos para mais, mas depois da eleição, o importante é a nossa reeleição..
Na última eleição outros candidatos do seu partido haviam sido eleitos. Essa foi uma eleição bastante concorrida, não é? Com certeza. Essa foi uma eleição atípica. Uma eleição pesada no nosso partido. O PMDB é um partido forte, de representatividade estadual e federal, então, as pessoas entendem que é um partido que dá condições políticas para o seu mandato. É um pleito difícil, com pessoas competentes, grandes ideias e ideais, então, louvamos a Deus por termos conseguido êxito na nossa coligação.
Nesses seus primeiros quatro anos de mandato o que você pode realizar? Eu estava fazendo umas contas e, na vida pública, são quase 20 anos de atuação, desde diretor de Recursos Humanos, passando também por secretário de Administração, e depois vereador, agora reconduzido. Enquanto vereador, nós sempre entendemos que poderíamos ter feito mais. Infelizmente, por força constitucional, não podemos propor um Projeto de Lei que aumente despesas ou que obrigue o Executivo a fazer alguma coisa, então, o vereador tem que pensar uma política pública e trabalhar junto ao Executivo para lograr êxito. Existem duas políticas que começamos a implementar nesses quatro anos. Hoje temos uma lei que institui o primeiro emprego para os jovens de 14 a 20 anos, oriundos de escolas públicas. Agora, nesses próximos quatro anos, vamos implementar efetivamente essa política. Outra política pública foi a do controle da quantidade de animais soltos nas ruas, que também virou lei. Hoje, está sendo finalizada no Canil Municipal uma sala de operação para a esterilização desses animais recolhidos, então, é uma política que também é importante para a área de Saúde. Vamos continuar trabalhando e queremos elaborar um projeto envolvendo todos os departamentos, voltado para a questão da dependência química. Não basta cuidar do dependente na clínica, você precisa ter um programa. É necessário todo um trabalho de reestruturação familiar para receber essa pessoa de volta. Também é necessário um programa de capacitação profissional para que ele se sinta útil e capaz de produzir algo para a sociedade. Esse é um exemplo de política que não podemos fragmentar. É um projeto que continuaremos elaborando e temos cobrado muito essa aparelhagem social.
Você comentou que foi secretário de Administração no governo do Marcos Coelho (PMDB). Como foi essa experiência? Foi uma experiência importante, porque a Administração é uma secretaria que acaba fazendo o link de todas as secretarias. Foi importante porque acabamos tendo uma visão macro do que é uma administração pública e percebemos o que precisamos fazer para que a gestão do Executivo possa ser mais eficaz e menos burocrática.
E você disse que tem uma história de 20 anos no meio político, então ser secretário de Administração não foi o seu primeiro cargo público. Não. Eu fui diretor de Recursos Humanos em dois mandatos, depois secretário no mandato de Marcos Coelho e agora vereador. A vida pública é importante, porque podemos contribuir com a nossa cidade. O ofício ministerial sempre me colocou muito próximo às necessidades das pessoas e me levou a entender que, além de cuidar do aspecto espiritual, podemos contribuir com aqueles que não estão dentro da igreja, mas passam pelas mesmas mazelas sociais.
Nesse mandato você pretende assumir novamente uma secretaria? Eu costumo dizer primeiro que, na questão política, precisamos ter uma visão bem estratégica. Eu faço parte de um grupo político, que foi vencedor desse pleito eleitoral. Eu penso mesmo em desenvolver meu trabalho, mas se o prefeito e meu partido entenderem que seria importante eu estar compondo o Executivo estou à disposição. Se não, vamos ajudar o governo na Câmara Municipal, agregando forças e possibilitando a governabilidade do prefeito eleito Marcos Coelho.
E o que você fazia antes de entrar para o meio político? Eu trabalhei como advogado e depois fui superintendente em uma universidade. Tive a satisfação de entrar no meio acadêmico. Eu fico feliz com essa minha trajetória profissional, onde prestei serviços que agregaram na minha formação e que eu levo de bagagem na minha ação pública também.
Por que decidiu se candidatar? Percebendo em nosso ofício ministerial que a Bíblia diz que, se oramos pela pessoa e a dispensamos de barriga vazia, não fizemos nada, entendemos que, além de dar o conforto espiritual, existiam outras ações nas quais poderíamos ser instrumentos de Deus. Como agente político, podemos tentar ajudar a população nas suas necessidades. Então, o que me levou foi exatamente esse desafio de poder contribuir para o bem da população independente de seu credo e posição social.
As pessoas criticam muito esse envolvimento da política e da religião. Você acha importante que existam representantes cristãos no meio político? Eu costumo dizer que levo para a política os meus valores e princípios cristãos. Hoje, infelizmente, vemos uma depredação de uma parte da sociedade por falta desses valores que são importantes. Eu levo para minha vida pública esses princípios, mas consigo separar muito bem. Em nenhum momento misturamos de forma tendenciosa. Desejamos atender a população.
Você tem o sonho de crescer no meio politico? Pretende concorrer a algum outro cargo no futuro? A política é uma questão que precisamos ir galgando passo a passo. Saímos de um pleito eleitoral com a alegria de poder assumir o cargo de vereador por mais quatro anos e eu digo que faço aquilo que eu sinto de Deus no meu coração. Nesse momento estou com meu coração focado para trabalhar com toda a dedicação. Em relação a postos futuros, vou aguardar os sentimentos que Deus colocar em nossos corações e também a conjuntura política. Caso um dia eu saia da vida pública, continuarei com meu ofício sacerdotal cuidando das pessoas.
No começo do atual governo você era da base do prefeito Raul Belém (PP)? Sim. A questão da base política é você possibilitar a governabilidade. Para você ver, hoje, parte do grupo que esteve na campanha do prefeito eleito Marcos Coelho, também esteve na campanha anterior contra o prefeito Marcos Coelho. A política é assim. Você precisa se posicionar. Nosso partido havia dado a liberdade para os dois vereadores e, a posteriori, decidiu que deveríamos cerrar forças com um projeto alternativo para 2016, então, de forma republicana e política, saímos da base. Mas se você acompanhar meu perfil político verá que continuo sendo o mesmo. Um perfil técnico. Acho que se pode fazer política pensando o bem das pessoas, sem que você agrida. Você pode conversar e buscar o senso comum, o que é melhor para a população. Mas essa decisão partiu de algum acontecimento? De sair da base? Não. Decidimos que teríamos um projeto alternativo, o que me fez ser claro com o atual prefeito Raul Belém, de que eu estava deixando a sua base por esse projeto. Não seria correto de minha parte permanecer elaborando um projeto alternativo que iria disputar a eleição contra ele.
Quais são suas expectativas para esse novo mandato? Esperamos ter mais quatro anos de experiência no poder Legislativo, com a expectativa de que a população nos ajude na implementação das políticas públicas. Como eu disse antes, um Projeto de Lei precisa de uma gestão junto ao Executivo. Um vereador tem força, mas com a cobrança da população, se torna muito mais forte. A força do povo é que faz com que as mudanças sociais aconteçam. Queremos proporcionar discussões, para que possamos entender quais os melhores projetos e políticas públicas para a melhoria da nossa cidade.
E o que você tem a dizer a todas as pessoas que te apoiaram e votaram em você? Primeiramente quero agradecer a Deus, minha família e também à nossa comunidade da igreja, que esteve ao nosso lado orando e participando naquilo que pôde. Quero agradecer também à população, que entendeu e acompanhou nosso caminhar durante quatro anos e nos deu esse voto de confiança. Agradeço a todos. Agora, passando o pleito eleitoral, eu não sou vereador apenas daqueles que votaram em mim, mas de toda a população araguarina. A cidade precisa de representantes trabalhando em prol de seus anseios.
E qual mensagem você gostaria de deixar para toda a população? Que a população permaneça sempre atenta. A nossa democracia, em relação a outros países, ainda é jovem e está se consolidando. Tivemos um impeachment na esfera federal e entendemos que a força da população é que proporcionou todas essas mudanças. Então, que a população acompanhe as sessões, entejam presentes, assistam pela TV Câmara, acompanhem o jornal, cobrem diretamente seus representantes e todos os vereadores, para que nós possamos fazer jus a essa responsabilidade, que é representar o povo.
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Esse tem o meu respeito e minha confiança, sei que fará o possível e impossível por Araguari. Força Levi e conte conosco.
Assim espero mesmo. Com o salário que ganham, que eu acredito que vai aumentar né, é o mínimo que os políticos “escolhidos ou reeleitos” podem fazer pra ajudar a cidade. Porque graças ao voto “democrático ” esses políticos vão receber fortunas.