EM CHAMAS

 

Um áudio em um grupo de WhatsApp do vice-prefeito Clayton Fernandes (PSB) acabou repercutindo muito desde a noite da última quarta-feira, 11. Em sua fala, Clayton praticamente rompe com o governo Marcos Coelho (PMDB). Ele disparou contra a Saúde e avisou que não vai aceitar as coisas como estão na administração.

PEDRA CANTADA

Tive contato com o vice antes mesmo de ele colocar seu nome como candidato a prefeito e cheguei a fazer contatos para conseguir um partido político para ele, a pedido do médico Luciano Mazão e do professor Alexandre Arantes que foram as primeiras pessoas a incentivar Clayton. Mas, ele acabou filiando-se ao PSB, lançando candidatura a prefeito ao lado de Rafael Guedes; no entanto, a dupla naufragou devido à falta de estrutura de campanha e a saída foi fechar uma aliança com Marcos Coelho (PMDB). Na época falei muito com Clayton que acabou somando de forma positiva ao lado de Marcão. Mesmo com sua competência e humildade, Clayton ainda tem muito a aprender sobre política. Duas coisas: ou você ganha sozinho o que é impossível ou então da forma mais fácil com união de grupos e partidos políticos com quem você tem que administrar depois. Diferente de 2009, quando ganhou praticamente sozinho, em 2012, Marcão não teve outra saída a não ser unir-se com outros partidos. Garanto que Marcão não está satisfeito com algumas indicações de partidos que estão dentro do seu governo.

FORA DE ÁREA

A coluna fez contato com o vice para falar sobre o assunto, mas o mesmo disse que estava fora da cidade. No entanto, segunda-feira estará à disposição. A coluna recebeu a informação de que Clayton planeja uma coletiva com a imprensa para falar sobre o caso na próxima segunda-feira.

FACHADA

Na verdade, Clayton nunca esteve bem no governo e não é a primeira vez que ele solta sua insatisfação tanto com relação ao governo quanto ao seu partido, o PSB, mesmo ele sabendo que o cargo de vice e de pura expectativa.

PARTILHA

A insatisfação de Clayton teria começado lá atrás, ainda na formação do governo, quando ele esperava mais espaço dentro da administração com mais nomeações de cargos e até mesmo com indicação de secretaria onde sua esposa chegou a ter seu nome sugerido para assumir uma delas. Lembrando que é o desejo de Clayton assumir a secretaria de Saúde.

TROPEÇOS

O primeiro atrito veio antes mesmo da posse quando, no embalo da empolgação da vitória nas urnas, Clayton — segundo o vereador Claudio Coelho (SD), teria feito compromisso da secretaria de Educação para a irmã do vereador o que não aconteceu. Isso gerou uma discórdia enorme entre ambos, antes mesmo do início do governo.

NEUTRO

Em relação aos desabafos do seu vice, Marcos Coelho prefere não entrar no assunto a não ser falar do seu carinho e respeito pelo médico e preferiu não polemizar.

NATURAL

Com Temer como maior exemplo, em Araguari e no resto do país os vices não conseguem se manter por muito tempo numa boa com os prefeitos. Foi assim com Werley, Marlos, Napoleão que foi expulso da prefeitura pelo então prefeito Mãe Preta e Jubão, que hoje vive bem com Marcão na posição de secretário, mas passou turbulências quando foi vice do atual prefeito no primeiro mandato.

AMPARO

Antes de gravar o áudio, o clima teria ficado quente dentro do governo com bate-boca e tudo mais. Quem vibrou com o desabafo do vice foi a oposição ao governo Marcão que enviou mensagens de apoio e incentivo.

UPA NA MIRA

Pegando carona na revolta do vice, a coluna apurou que não estaria agradando em nada o prefeito a forma com que a UPA tem sido administrada pela empresa responsável. Uma fonte garante que Marcão se reuniu com a empresa e teria dado ultimato além de não descartar  o rompimento do vigente e a busca por outra empresa.

FALHA NO TRÂNSITO

A secretaria de Trânsito deveria avaliar melhor a interdição para eventos de algumas ruas da cidade. A rua Coromandel no bairro Amorim, é uma das principais vias de entrada da cidade e que foi interditada para evento de uma igreja evangélica na noite de quarta-feira, gerando um verdadeiro caos de veículos de outras cidades ‘perdidos’ no bairro por conta disso. Nada contra a igreja, mas foi uma mancada; da próxima vez deve-se buscar outra solução.