Da Redação

Pacientes suspeitos também são monitorados e seguem em isolamento

Nesta quarta-feira, 8, completou-se exatamente um mês que foi confirmado o primeiro caso de COVID-19 em Minas Gerais. Diante disso, uma série de medidas foram adotadas pelos municípios mineiros visando a prevenção, o que mudou a vida de todos os munícipes. Cinco dias depois da confirmação deste caso, o governo de Minas decretou situação de emergência em saúde pública e, a partir disso, a reportagem tem acompanhado o cenário da pandemia em toda a região.

Em Araguari, por exemplo, as suspeitas têm aumentado diariamente. É o que mostra o boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde: as suspeitas subiram para 467 em investigação. Também há mais dois casos de COVID-19 na cidade, totalizando quatro confirmações. Um dos pacientes é do sexo masculino com 51 anos e o outro caso trata-se de uma paciente do sexo feminino com 50 anos, ambos pertencentes ao grupo de risco. A secretaria de Saúde informou que ambos deram entrada em hospital da rede particular em datas diferentes de acordo com sintomas apresentados e que os dois pacientes já receberam alta hospitalar e apresentam bom estado geral de saúde.

Na cidade há ainda quatro óbitos em investigação aguardando os exames laboratoriais e informações clínicas, além de 10 internações sendo quatro em UTI. Para especialistas, as medidas de isolamento social adotadas neste primeiro mês visando à disseminação do coronavírus, foram cruciais para que os números do Estado não fossem tão altos quanto os registrados em outras unidades da federação, como os vizinhos São Paulo e Rio de Janeiro, que, juntos, contabilizam 460 mortos.

O mesmo posicionamento é apoiado pelo Comitê de Enfrentamento que tem acompanhado as medidas de prevenção ao contágio no âmbito municipal. Assim, a orientação do secretário de Saúde Guilherme Afonso, é de que os araguarinos continuem atentos às recomendações e cumpram o isolamento social. Também está proibida a aglomeração de pessoas em espaços públicos previsto por decreto municipal.  “Estamos no período crítico da transmissão que são os meses de abril, maio e junho. Neste período crucial, precisamos nos resguardar e por isso, reforçamos a necessidade da higienização das mãos, as medidas de higiene dentro de casa e principalmente o isolamento social para evitar a transmissão pelo coronavírus,” ressaltou.

O boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira, 8, mostra ainda que Belo Horizonte possui a maioria dos casos, sendo 293 pessoas com diagnóstico positivo para a doença, o que representa 47,7% das notificações e seis óbitos confirmados. Juiz de fora aparece logo em seguida, com 46 confirmações e posteriormente está Nova Lima com 37 pessoas com a doença. Uberlândia, por sua vez, tem 37 casos além de dois óbitos confirmados. O informe detalha ainda a situação do coronavírus no estado: são 51.640 casos suspeitos, 614 confirmados, 97 óbitos em investigação, além dos 14 óbitos que já tiveram a causa por COVID-19 confirmada.

Cenário Nacional

Dados divulgados pelas secretarias estaduais de Saúde indicam que o Brasil tem 15.927 casos do novo coronavírus. O número de óbitos também aumentou para 800. Tocantins ainda é o único Estado que não registrou casos fatais. São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará são os estados que concentram o maior número de casos absolutos: são 5.682, 1.688 e 1.268, respectivamente. Fortaleza é a cidade com maior incidência da doença, com 34,7 casos a cada 100 mil habitantes.

Recorde de casos

O aumento absoluto no número de casos entre o último sábado e domingo foi o maior desde que a SES começou a divulgar os boletins epidemiológicos para coronavírus, com 68 confirmações. Antes, o recorde havia ocorrido entre quarta e quinta da semana passada, quando houve 56 novos diagnósticos positivos no Estado.