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Quase cem toneladas de hortaliças produzidas por detentos já foram doadas neste ano

sex, 25 de novembro de 2022 08:00

Da Redação

Desde o início deste ano, já foram doados 98.937 kg de hortaliças

Em um cenário de dificuldade financeira, vivenciado país afora, a esperança e a ajuda vêm de presídios e penitenciárias mineiros. Cerca de 150 presos, de 48 unidades ministradas pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais, produzem diversos tipos de alimentos em hortas instaladas intramuros.

O Presídio de Araguari está entre as unidades que se destacam pelo montante de hortaliças e verduras produzidas. A horta existe desde a inauguração do estabelecimento, em 2004. Os produtos são encaminhados para instituições que desenvolvem trabalhos sociais na cidade, como a Casa do Caminho e o Abrigo Cristo Rei.

Desde o início deste ano, já foram doados 98.937 kg de hortaliças pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG). Quase todas as regiões estão representadas na lista de beneficiados: Vale do Rio Doce, Vale do Aço, Zona da Mata, Região Central, Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Sul de Minas, Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha.

O diretor-geral do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, Rodrigo Machado, explica que esse resultado é fruto do trabalho de uma Polícia Penal que está cada vez mais próxima da sociedade, com ações de compromisso social, sustentabilidade e participação comunitária. “Os presos recebem qualificação profissional para o trabalho na agricultura, os terrenos cultiváveis nas áreas das unidades prisionais tornam-se produtivos, sem custos para o Estado, e as comunidades necessitadas são beneficiadas. Estamos trabalhando para ir além dos muros e fortalecer a instituição”, ressalta o diretor-geral.

As sementes e mudas chegam por meio de unidades prisionais, dotadas de viveiros para abastecimento próprio, e que conseguem destinar parte da produção para outras. As ferramentas são fornecidas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp); e os fertilizantes são adquiridos por meio de verba de despesas miúdas, da unidade prisional, destinada para o setor produção.
“Os presos estão presentes em quase todo o processo, como o preparo do terreno, recebimento das sementes e mudas, plantio, rega e limpeza constante. A grande recompensa vem no final, no momento da entrega, quando todos eles participam”, explica o gerente de produção da José Maria Alkmin, o policial penal Junior Cândido de Oliveira.

Em breve, os presos da unidade serão responsáveis, também, pelo cultivo das mudas. Eles construíram um viveiro para sementeiras, dotado de todas as especificações técnicas necessárias.

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