Apesar dos questionamentos feitos por usuários e Legislativo, reportagem
constatou bom funcionamento do serviço na tarde de ontem

Pronto Socorro Municipal, uma das principais unidades de atendimento da rede pública de saúde em Araguari.
Foto: Gazeta do Triângulo

DA REDAÇÃO – Falta de medicamentos e lençóis, negatoscópios com defeito (aparelho usado para análise de exames de raio-X) e demora no atendimento estão entre as reclamações sobre a prestação de serviços no Pronto Socorro Municipal, que motivaram um requerimento apresentado nesta semana por Eunice Mendes (PMDB).

Há alguns meses, a vereadora havia levado uma pauta semelhante à Câmara, que segundo a secretária de Saúde, Lucélia Rodrigues, foi devidamente respondida.

O atendimento no Pronto Socorro é alvo constante de reclamações dos usuários nas redes sociais. Na última semana, uma mulher que acompanhava a irmã doente demonstrou-se indignada na internet. “Ela estava mal não conseguia andar, não tinha ninguém na recepção para nos receber. Fomos auxiliadas por um senhor que estava acompanhando uma paciente e trouxe uma cadeira de rodas. Havia apenas um médico de plantão. Ele atendeu, passou medicamentos e nos encaminhou para as camas, sem lençóis, no plástico, sem travesseiros,” disse ela em um dos trechos do relato.

Reportagem percorreu as instalações do Pronto Socorro na tarde de ontem. Foto: Gazeta do Triângulo

A reportagem da Gazeta do Triângulo foi até o local na tarde de ontem e percorreu as instalações. Todas as camas estavam cobertas com lençóis, inclusive nos leitos sem pacientes. Havia em uma sala grande quantidade de lençóis e cobertores de reserva em caso de necessidade. Foi constatado ainda que os aparelhos utilizados para análise de raio-X de diversas salas estavam funcionando.

Como os remédios são solicitados às terças-feiras e chegam às quintas-feiras, no momento da visita, medicamentos e materiais hospitalares haviam sido entregues. Alguns ainda dentro de caixas eram separados e organizados por uma funcionária.

“Nenhum paciente é colocado em cama sem lençol. Pode ser que pelo tempo seco para não pegar poeira ou porque fazemos a higienização da cama após a saída do paciente algum dos leitos estava assim. Temos também lençóis descartáveis e aqueles que não o são, mandamos para a lavanderia todos os dias,” afirmou Gersonina Marques Nunes, diretora administrativa do Pronto Socorro.

Sobre a demora, ela afirma que a classificação de riscos dos pacientes define a ordem de atendimento. Através do Protocolo de Manchester, os casos são classificados do mais emergente ao menos urgente.  Por isso, segundo ela, alguns acabam esperando pelo atendimento. “No mês tivemos 5.000 pessoas que deram entrada no Pronto Socorro para aferir pressão. Algo que poderia ser feito nos postos de saúde,” concluiu a diretora do PS.