Professores encerram greve e aguardam negociações com o estado
qui, 12 de junho de 2014 00:03COM ASSESSORIA – A greve dos professores do Estado de Minas Gerais foi suspensa na última sexta-feira, 6. A decisão foi tomada durante assembleia promovida pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).
Aproximadamente 1.500 trabalhadores da categoria estiveram presentes no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A greve havia se iniciado no dia 21 de maio. Depois de 14 dias, o sindicato conseguiu agendar uma reunião de negociação com representantes do governo mineiro.
Na tarde de ontem, 11, os trabalhadores estiveram em reunião com a secretária de Estado de Planejamento e Gestão do Governo de Minas Gerais Renata Vilhena. Na oportunidade, a categoria discutiu as propostas apresentadas pelo governo estadual e as reivindicações dos servidores.
Em contato com o coordenador do SindUTE subsede Araguari, José Luís da Costa, a reportagem verificou que, de fato, as aulas voltaram à sua normalidade. Segundo contou, a paralisação foi suspensa, mas o estado de greve continua mantido. Assim, se o governo não cumprir com parte das reivindicações que aceitou, a categoria voltará a paralisar as atividades logo após o recesso.
“Se não voltarem as negociações, o Sindicato irá iniciar novamente a greve, que segundo os trabalhadores da região, irá receber uma forte adesão,” falou o coordenador. Ainda de acordo com o Sindicato, os servidores realizaram uma vigília na sede do governo do Estado.
Professores desocupam a Superintendência Regional de Ensino
Os trabalhadores em educação fizeram um ato político, ao deixar a Superintendência Regional de Ensino, onde estavam acampados em protesto desde a última segunda-feira, dia 2. De andar em andar, os educadores percorreram todas as salas, cantaram palavras de ordem e entregaram flores aos colegas e funcionários da SRE, momento de muitos abraços e grande emoção.
Ao destacar a importância dos apoios recebidos, Beatriz Cerqueira, coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais lembrou que o movimento ganhou visibilidade também pela presença dos educadores e da juventude que resistiram bravamente ao aparato repressivo montado na entrada da Superintendência dia e noite. ”Com certeza, esse foi um recado claro de que essas estruturas de poder não dão mais certo e que é necessário que se estabeleça outras relações com os trabalhadores em educação. Saímos daqui vitoriosos e fortalecidos,” finalizou.
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