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Prevenção é sempre o melhor remédio

qui, 3 de julho de 2014 09:09

Laylla LemesDra. Laylla Lemes

Ginecologista orienta sobre cuidados na adolescência

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), todos os dias 20 mil jovens em países em desenvolvimento, menores de 18 anos, trazem ao mundo um filho. Isso totaliza 7,3 milhões de adolescentes grávidas por ano, o que corresponde a 95% dos casos no mundo. Deste total, dois milhões têm menos de 14 anos.

Sabemos que a adolescência é uma fase de transformações. Ocorrem mudanças hormonais e corporais e da descoberta do próprio corpo.  Mas é preciso se atentar! Estas mudanças são acompanhadas de transformações comportamentais associadas a descobertas emocionais e sociais, fase em que a informação, a educação e a conscientização são fundamentais para uma adolescência saudável.

Para a ginecologista e obstetra, Dra. Laylla Lemes Carneiro, esta é uma fase em que pais devem estar atentos a tudo, sobretudo no que diz respeito à educação sexual. “Os pais e as mães devem observar seus filhos. Estar atentos a qualquer mudança de comportamento para auxiliar os filhos, orientando-os e conscientizando-os principalmente sobre a prevenção. É um momento muito delicado para os pais, mas mesmo com acesso a informação, os números mostram que os jovens estão engravidando cada vez mais cedo. E, além disso, tem o risco das doenças sexualmente transmissíveis”, destaca a médica que ainda orienta. “A prevenção é sempre o melhor remédio. Após a primeira menstruação é importante que a mãe leve a filha ao ginecologista. O médico pode orientá-la mais diretamente e informar, ajudando no processo de conscientização”.

Contraceptivos

A ginecologista explica que é preciso avaliar cada caso para verificar se existe realmente a necessidade de se iniciar o uso de anticoncepcionais logo no início da adolescência. “Para avaliar a necessidade do uso de contraceptivos e qual o mais indicado, é preciso conhecer o contexto social e familiar dessa adolescente. Geralmente a pílula associada ao uso de preservativos é o mais indicado, mas somente com a avaliação clínica do médico é possível indicar o melhor contraceptivo para cada adolescente”, explica Dra. Laylla.

Confira as características de cada método anticoncepcional:

    Pílula oral
Com percentual de 99,8% de eficácia, são feitas com hormônios parecidos com os que são produzidos pelo próprio corpo: o estrogênio e a progesterona. Age impedindo a ovulação e dificultando a passagem dos espermatozóides para o interior do útero. Devem ser tomadas diariamente, de preferência no mesmo horário.

    Anticoncepcional injetável mensal
Com aplicação mensal, normalmente nas nádegas, o anticoncepcional injetável é semelhante à pílula. É prático, pois não exige que seja administrado diariamente.

    Dispositivo intrauterino (DIU)
Trata-se de uma estrutura de metal que tem ação espermicida intrauterina, ou seja, que impede que o espermatozóide chegue ao óvulo. Pode ficar até cinco anos dentro do corpo da mulher. É necessário que um médico insira o dispositivo no útero.

    Diafragma
Com uma estrutura em látex, o diafragma é um método de barreira móvel, ou seja, que pode ser colocado e retirado da vagina. Para ser eficiente, deve ser colocado duas horas antes da relação sexual e retirado entre quatro e seis horas após o sexo. Após o uso, deve ser lavado com água e sabão. Sua durabilidade é de cerca de dois anos.

    Anéis medidores
O anel vaginal é um método hormonal que traz uma formulação semelhante à da pílula anticoncepcional (etonogestrel e etinilestradiol), mas dispensa o uso do gel espermicida. Deve ser introduzido pela vagina e acomodado no colo do útero no quinto dia de menstruação, permanecendo ali por três semanas. Não traz desconforto e normalmente não é sentido durante as relações sexuais.

    Preservativos feminino e masculino
São os métodos mais seguros, já que além de evitar a gravidez, também protegem contra as doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids.

Fonte: Ministério da Saúde

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