por Tatiana Oliveira

No momento foi levantado o alto gasto com aluguel da secretaria de Saúde          

O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Araguari, Eduardo Tadeu de Paula, esteve em plenário na sessão ordinária de ontem, 30, a convite do vereador Paulo Sérgio de Oliveira do Vale (PV). Na data o presidente respondeu diversos questionamentos dos edis, um deles a respeito dos altos gastos com aluguel proveniente da secretaria de Saúde.

Conforme relatos do presidente do Conselho, mensalmente a secretaria de Saúde gasta aproximadamente R$ 48 mil. Em quatro anos de mandato, isso dá uma despesa de R$ 2.304.000,00 que poderia ser focada em outro setor. Segundo ele, o Conselho apresentou a proposta de migração da secretaria para o prédio onde seria o Hospital Municipal. “Quem chega lá pode ver em uma porta de vidro um estudo do projeto para que toda a secretaria de Saúde fosse colocada ali”, relata o presidente.

 

Ainda em fala no plenário, Paula diz que duas estruturas da secretaria estão funcionando no prédio do Hospital Municipal. “Hoje lá estão funcionando o almoxarifado e parte do patrimônio da Saúde, que ficavam em casas alugadas, mas tem espaço para toda a secretaria funcionar tranquilamente”, afirma. “Apresentei isso para a secretaria de Saúde, eles disseram que iriam começar a trabalhar no assunto, mas até o momento nada foi feito”, acrescenta.

Um dos entraves relatados pelo presidente do Conselho é que o prédio do Hospital Municipal é da União e não do município. “Então existe uma exigência: não se pode fazer mudanças na estrutura, mas é possível fazer adaptações. Encaminhamos uma solicitação para que o governo federal libere esse imóvel para o município, mas infelizmente não tivemos resposta ainda”, lamenta.

Em maio do ano passado o secretário de Saúde afirmou a intenção de economizar com o aluguel e transferir a estrutura para o Hospital Municipal. “Vamos levar a secretaria de Saúde para lá e abrir uma unidade no mesmo prédio. Assim economizaremos com o aluguel”, disse na época. A reportagem tentou contato com Thereza Christina Griep, secretária interina de Saúde, mas até o fechamento da edição não obteve sucesso.

Hospital Municipal

O prédio do Hospital Municipal foi inaugurado três vezes, a última em 2008, mas não funcionou devido a irregularidade na obra. Foram anos de portas fechadas e R$ 2 milhões em equipamentos parados. Inúmeros problemas estruturais foram encontrados na obra e inviabilizam sua utilização na área de Saúde conforme constatado por uma comissão do Ministério da Saúde que vistoriou o local.

As irregularidades na obra são diversas, como a construção do reservatório de água em altura abaixo da especificada comprometendo todo o sistema de hidrantes do hospital; instalação de reservatório subterrâneo de água com capacidade inferior à originalmente estimada; execução do telhado com telhas de qualidade inferior; ausência de cobertura de policarbonato e execução de pé direito do hospital abaixo do contratado.