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Possível fim da reeleição para vereador repercute em Araguari

sex, 13 de março de 2015 00:12
presidente da Câmara Municipal Giulliano Rodrigues - Tibá. Foto: Gazeta do Triângulo

presidente da Câmara Municipal Giulliano Rodrigues – Tibá. Foto: Gazeta do Triângulo

ADRIANO SOUZA – O Senado Federal aprovou nesta terça-feira, 10, o fim de coligações partidárias para eleições proporcionais – de deputados federais, estaduais e vereadores. A proposta de emenda à Constituição (PEC) teve 61 votos a favor, 7 contra e 2 abstenções. Ontem a reportagem da Gazeta do Triângulo procurou o presidente da Câmara Municipal Giulliano Rodrigues – Tibá (PTC) para conhecer sua opinião em relação ao assunto.

“Tomei conhecimento ontem pela manhã da aprovação por parte do Senado. Em meu caso, estou no segundo mandato e sou favorável a mudanças. O fim das coligações irá gerar, em minha opinião, uma devassa nos partidos considerados pequenos onde posso inserir também o meu em favor dos chamados grandes que, de certa forma, serão beneficiados com essa proposta, pois nos pequenos sempre existe  interesse maior de filiação dos candidatos” comentou o Giulliano.

O texto, do ex-presidente da Casa José Sarney (PMDB-AP), foi aprovado em primeiro turno. Agora, terá que ser discutido novamente em plenário em três sessões para ser submetido a nova votação. Caso seja aprovado em segundo turno, seguirá para análise do plenário da Câmara dos Deputados.

A proposta prevê o fim das coligações em eleições proporcionais, ou seja, a aliança de partidos será permitida somente nas eleições majoritárias – para presidente, governadores e senadores.

“A medida contribuirá para o fortalecimento dos partidos políticos e para a transparência na representação política, pois, com o fim das coligações nas eleições proporcionais, o voto dado ao candidato de um determinado partido não poderá contribuir para a eleição de candidato de outra agremiação”, afirmou Valdir Raupp (PMDB-RO), em seu parecer como relator da medida na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

O sistema atual permite a união de partidos nas eleições para deputados estadual e federal e para vereador, formando uma coligação. Na hora de votar, o eleitor pode escolher um candidato (voto nominal) ou apenas o partido (voto de legenda).

Quanto mais votos uma coligação obtiver (somando nominais e na legenda), mais vagas terá no Legislativo.

Na prática, coligações que têm candidatos bem votados (“puxadores de votos”) e/ou muitos votos na legenda, conseguem eleger também candidatos pouco votados. Por isso, é comum ver alguém sendo eleito mesmo após receber menos votos do que outro, de coligação diferente.

Em 2010, por exemplo, o humorista Tiririca (PR-SP) recebeu 1.353.820 de votos. A votação de Tiririca não beneficiou diretamente candidatos de seu partido, mas sim, candidatos de sua coligação, formada por PR, PSB, PT, PR, PC do B, PT do B.

O último eleito da coligação, Vanderlei Siraque (PT), e o penúltimo, Delegado Protógenes (PC do B), obtiveram cerca de 90 mil votos cada um. Ficaram de fora nove candidatos da coligação formada por PSDB, DEM e PPS que tiveram mais votos do que eles. Se as coligações forem proibidas, ainda haverá a figura do “puxador de voto”, mas ele beneficiará apenas outras candidaturas do mesmo partido.

1 Comentário

  1. José Màrcio disse:

    Essa proposta ainda se for aprovada em segundo turno pelo senado, ainda terá que ser votada em dois turnos pela Câmara dos deputados, eles são os maiores interessados em continuar como está atualmente, duvido que essa proposta de emenda constitucional seja aprovada por eles.

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