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Por ora, Fluminense de Araguari descarta negociação da área do Estádio Sebastião César da Silva

sáb, 2 de julho de 2022 10:47

Da Redação

 

O empresário Carlos César Ferreira Monteiro, presidente interino do Conselho Deliberativo do Fluminense Futebol Clube, prestou esclarecimentos sobre o atual momento daquela tradicional agremiação araguarina, inclusive a respeito de rumores sobre a venda da área do Estádio Sebastião César da Silva, na rua Mauro Cunha.

De acordo com ele, foram feitas ofertas oficiais, inclusive de uma construtora, porém, nenhuma delas se aproximando do valor financeiro real do patrimônio, que hoje seria em torno de R$ 10.200.000,00, somente o terreno.

Estádio Sebastião César da Silva se encontra numa área privilegiada de Araguari

 

“Nessas ofertas, o valor máximo foi de aproximadamente R$ 7.000.000,00. Nos reunimos em algumas oportunidades e decidimos que, abaixo do valor mínimo que a área vale, nem se discute a negociação”, afirmou Carlos César.

Ele acrescentou que, caso a venda se concretizasse, a ideia seria uma troca por um novo estádio com arquibancadas tendo capacidade para 5 mil pessoas, no mínimo, e que atenda todas as normas legais para a realização de competições oficiais dos órgãos desportivos. “Não falamos em receber dinheiro em espécie, mas sim uma troca”, disse.

A maioria entende que uma troca seria interessante, assim como fez o Esporte Clube Mamoré de Patos de Minas com a rede Bretas de Supermercados. A empresa assumiu a construção de uma moderna arena no bairro Ipanema recebendo a área do estádio Valdomiro Pereira, na região central daquela cidade. A negociação somente foi fechada após a entrega do novo estádio.

O presidente interino do Conselho Deliberativo do Tricolor do Bosque frisou que, no momento, a meta para o Fluminense é a revitalização do tradicional Sebastião César da Silva, construindo espaços para lojas comerciais através de parcerias com empresas, deixando o estádio novamente em condições ser utilizado para eventos esportivos e outros. Elas seriam edificadas junto com novas arquibancadas.

“Outra dificuldade encontrada para não negociar a área é quanto à questão da preservação ambiental, pois há um grande risco caso fossem construídas torres naquele local”, observou ele.

Para Carlos César, uma possibilidade seria a negociação com a prefeitura de Araguari. Em primeiro lugar, porque a área foi doada pelo poder público, até em respeito, e segundo pela certeza de ter um aproveitamento maior do bosque municipal, evitando possíveis problemas ambientais.

Segundo informado ao jornal Gazeta, o Tricolor do Bosque tem hoje uma dívida em torno de R$ 400.000,00 entre impostos municipais e federais, um aluguel de imóvel e um restante de dívidas trabalhistas, dentre as quais duas questionáveis, pois houve confissão de dívida de um ex-presidente junto ao município e uma dívida de FGTS que não consta CPF para possível acerto.

Quanto ao Parque da Raposa, sede campestre do Fluminense, o clube foi locado e se encontra em perfeitas condições de funcionamento, inclusive com a realização de eventos.

Sobre a possível venda de uma parte dessa área, de acordo com Carlos César, não afetaria em nada o funcionamento do clube. Pelo contrário, seriam edificados novos empreendimentos que trariam uma maior valorização daquela área, sendo aproveitado inclusive para a construção de um centro de treinamento visando a futura reativação do departamento de futebol profissional.

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