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Parcelamento do 13° salário afeta inúmeros trabalhadores de Araguari

qua, 30 de janeiro de 2019 05:11

Da Redação

Funcionários do Estado relatam indignação, enfatizando os transtornos causados com a falta do pagamento integral

Mais de 600 mil servidores do estado de Minas Gerais vão receber o 13° salário parcelado. Deste número, 371.786 são funcionários ativos, 256.081 inativos e 52 mil pensionistas. Dentre os funcionários ativos estão: professores, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Agentes Penitenciários, além de outras classes de trabalhadores.

Na noite dessa segunda-feira, 29, em vídeo divulgado em rede social pelo governador Romeu Zema (NOVO), o novo representante do Estado informou que todas as possibilidades foram estudadas e novas formas para tirar Minas Gerais do vermelho estão sendo analisadas. Conforme informações, o pagamento será feito em 11 parcelas, depositadas no primeiro dia útil depois do dia 20 de cada mês, tendo início em fevereiro e término em dezembro.

Romeu Zema anunciou a forma de pagamento pelas redes sociais

Romeu Zema anunciou a forma de pagamento pelas redes sociais

 

Os professores que atuam na rede estadual de ensino fazem parte da classe afetada com o atraso no pagamento do 13°, que deveria ter sido feito entre os meses de novembro e dezembro.

Tendo em vista os transtornos financeiros em Minas Gerais, a professora de matemática, Carla Morais, aguardava pela notícia do governador. “A situação financeira do Estado está calamitosa, e realmente eu não esperava outra postura do novo político, até porque se trata de um dever que deveria ter sido cumprido no governo do Pimentel (PT)”, argumentou.

A secretária de uma escola pública falou a respeito dos transtornos causados em seu orçamento. “Utilizo o 13° salário para viajar com minha família e infelizmente este programa foi excluído das nossas férias. O jeito foi arrumar alternativas para a nossa diversão, poupando para não comprometer as contas do mês”, disse Cláudia Silva.

A professora de Português, Marina Cardoso, contava com o 13° para terminar uma obra em sua residência, mas sem o dinheiro extra os serviços serão adiados. “Tenho os materiais, mas precisava do 13° salário para pagar a mão de obra. Agora é desfazer o combinado que havia feito com o pedreiro, realmente são situações que nos deixam indignados”, enfatizou.

A professora comenta que em 2017, grande parte dos servidores do Estado teve o 13º salário parcelado em quatro vezes sendo quitado apenas em 2018.  “Com este cenário de problemas financeiros prevíamos que esta situação iria se repetir, infelizmente. Trabalhamos com tanto afinco e ainda temos que lidar com a falta de gestão e compromisso de políticos.”

 

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