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Paralisação de caminhoneiros pode afetar entrega de produtos em Araguari

sex, 13 de novembro de 2015 08:15

Da Redação

Produtos do setor de Hortifruti apresentam preço elevado e outros têm sido entregues após o prazo

A paralisação dos caminhoneiros, iniciada nessa segunda-feira, 9, pode afetar a entrega de mercadorias e combustíveis em estabelecimentos do município. A manifestação acontece em diversos pontos do país e em algumas cidades há produtos em falta. O objetivo dos caminhoneiros é o impeachment ou a renúncia da presidente Dilma Rousseff (PT).

Sindicato Minaspetro informou que os combustíveis podem faltar no município

Sindicato Minaspetro informou que os combustíveis podem faltar no município

 

De acordo com o presidente do Sindicado dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação e Afins de Araguari, Dr. José de Almeida, a paralisação dos caminhoneiros pode afetar estabelecimentos de todo o país. “Esse tipo de paralisação afeta qualquer município, principalmente os mais longínquos de São Paulo e Belo Horizonte, como é o caso de Araguari. As paralisações não são benéficas para os trabalhadores e nem para os consumidores”.

O presidente do Sindicado dos Trabalhadores de Movimentação de Mercadorias em Geral de Araguari, Wellington Bergues Pereira, acredita que o município não será afetado imediatamente. “Araguari é uma cidade que utiliza muitos caminhões da região e não grandes transportadoras. A demanda é pequena em relação a alguns produtos. Penso que os mais prejudicados serão as empresas de transbordo, mas com um impacto pequeno para o município. Temos muitos atacadistas na região. Caso a paralisação seja prolongada por um período maior, poderíamos sofrer as consequências”.

Silvio Presley, proprietário de uma rede de supermercados, comenta que a paralisação tem causado dificuldades. “Estamos com atraso na entrega de alguns produtos, principalmente vindos da região de São Paulo. Também estamos com problemas na área de Hortifruti, pois o preço dos produtos subiu bastante. Caso permaneça a paralisação, a tendência é agravar a situação e causar até mesmo a falta de algumas mercadorias. Acredito que a situação será resolvida, mas, mesmo que permaneça, os produtos básicos continuam garantidos para a população”.

Em relação aos combustíveis, aproximadamente dez municípios do interior do estado de Minas Gerais, como Governador Valadares, Divinópolis, Lavras e João Monlevade, estão sem estoque e o litro da gasolina está sendo vendido por mais de R$5,00. Rúbia Marra, que trabalha no setor administrativo de um posto de gasolina em Araguari, informou que as entregas têm ocorrido normalmente. “O Sindicato Minaspetro informou que os combustíveis podem faltar, mas ainda não tivemos nem atraso nas entregas”.

Até o segundo dia das paralisações, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou bloqueios parciais de 36 trechos, de 20 rodovias, em nove estados, como Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins. Como resposta ao movimento, o governo aumentou as multas e sanções aos caminhoneiros que impedirem o trânsito. A penalidade, que era de R$ 1.915 passa para R$ 5.746 por caminhoneiro e os líderes do movimento serão multados em R$ 19.154. O grevista também poderá sofrer a proibição de receber incentivo de crédito para adquirir veículo durante dez anos.

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