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Paixão pela música move a banda araguarina Luiz Bastos

qui, 10 de abril de 2014 01:23

TALITA GONÇALVES – A paixão pela música é a força motriz da Banda Luiz Bastos. Mesmo com obstáculos financeiros, seus 28 integrantes, incluindo os dois maestros, mantêm essa forma de arte viva ano após ano. São pessoas de várias idades. Homens, mulheres, adolescentes, parentes, casais, todos com um objetivo em comum. A apresentação mais recente aconteceu no dia 29 de março, em uma creche no bairro São Sebastião.

Mesmo com obstáculos financeiros, seus 28 integrantes, mantêm essa forma de arte viva ano após ano. Foto: Arquivo

Mesmo com obstáculos financeiros, seus 28 integrantes, mantêm essa forma de arte viva ano após ano. Foto: Arquivo

Diferente do que muitos pensam, a banda não pertence à Fundação Araguarina de Educação e Cultura (Faec), prefeitura e tampouco ao Conservatório Estadual de Música e Centro Interescolar de Artes Raul Belém. Quem explica melhor é o maestro João Batista da Silva. Apesar da formação de Biólogo, ele se dedica à música desde 1965. Fez cursos, mas muito do que sabe aprendeu sozinho. É também presidente da Associação Musical de Araguari. “A banda pertence à associação. Os associados são aqueles que participam e quem deixar a banda, também não será mais associado. A Faec é uma ponte entre a prefeitura e a banda,” conta.

As apresentações são definidas por meio de contratos. O primeiro deles, firmado ainda no primeiro mandato do ex-prefeito Marcos Alvim. Após um hiato entre 2006 e 2012, o grupo voltou à ativa. “A banda desperta o sentimento das pessoas e dos músicos. Uma espécie de descanso, uma verdadeira terapia espiritual,” ressalta João Batista.

Os músicos chegaram a se apresentar 48 vezes no ano. Depois esse número caiu para a metade. Em 2013, foram apenas 10. Neste ano, o contrato prevê 18. Eles recebem por apresentação e quando alguém falta, sua remuneração vai para uma espécie de caixa, como forma de auxiliar nas despesas. Para entidades beneficentes, o show é gratuito, conforme o estatuto da associação.

O dinheiro é curto. A atividade gera gastos com instrumentos, manutenção, locais para ensaio, transporte. “O pessoal que toca na banda não pode nem pensar no retorno financeiro, mas precisamos pelo menos conseguir a manutenção,” ressalta o presidente da associação.

Se ao longo do ano a Banda Luiz Bastos não recebe muita atenção, em duas datas particulares isso muda radicalmente. Nas comemorações de aniversário da cidade e no desfile de 7 de Setembro a presença do grupo é fundamental. “A banda não é um objeto que pode ser guardado na gaveta, utilizado no dia do desfile e guardado novamente,” desabafa o maestro.

A vontade da associação é despertar nas empresas, poder público e escolas estaduais o interesse em desenvolver projetos na área de música, fechar parcerias ou participar de projetos em andamento. “Nós contamos com os araguarinos e também com o prefeito Raul Belém (PP). Nossa banda terá dias melhores,” concluiu.

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