Os ilustres personagens das ruas do Fundinho
qui, 3 de abril de 2014 00:05
O Dicionário de Logradouros, publicado pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes de Uberlândia, trouxe luz a origem dos nomes de algumas das ruas mais antigas da cidade. São ruas do bairro Fundinho que, nos primeiros anos da pequena cidade de São Pedro de Uberabinha, era a área central, onde se concentrava o movimento econômico e cultural da cidade. A partir do nome atual, esclarece sua razão e mostra também o antigo nome de algumas, com explicações a respeito de sua origem.
General Osório foi figura da história do Brasil. Chamava-se rua do Rosário, porque era aspiração construir nela a primeira igreja do Rosário, o que acabou não acontecendo.
Bernardo Guimarães, Importante escritor brasileiro.
Tiradentes, inconfidente, figura histórica.
XV de Novembro, data histórica da proclamação da república no Brasil. Seu nome anterior era rua do Pasto, porque terminava na porteira do Pasto do Patrimônio da Santa, área usada para aluguel de pastagem, cuja renda era destinada à manutenção da igreja de Nossa Senhora do Carmo.
Marechal Deodoro, figura histórica brasileira. Chamava-se antes rua Direita.
Silviano Brandão, foi presidente de Minas de 1898 a 1902. Era chamada anteriormente de rua Uberaba e, antes, de rua da Areia porque, toda vez que chovia, ela ficava cheia de areia trazida pelas enxurradas.
Silva Jardim, homenagem a um jornalista. Antes chamava-se rua Padre Pio, alusão ao vigário que morou e realizou importantes trabalhos em Uberlândia.
Teixeira de Santana foi o quarto Agente Executivo de Uberabinha e também um profissional multifuncional.
Barão de Camargos assinou a Lei de Emancipação de Uberabinha, quando era Vice Presidente do Estado de Minas Gerais.
Coronel Severiano, foi líder político, fazendeiro e o terceiro Agente Executivo de Uberabinha.
Mercedes Brasileiro foi professora do curso primário no Colégio Brasil Central. Era casada com o delegado de polícia Arnaldo Contursi.
James Mellor era engenheiro da Mogiana. A pedido de Arlindo Teixeira traçou a planta urbanizadora para transformar em cidade, um cerradão que ia da praça da Liberdade, atual praça Clarimundo Carneiro, até os trilhos da Mogiana, atual praça Sérgio Pacheco.
Francisco Alves era filho do primeiro entrante, João Pereira da Rocha. Com Felisberto Carrejo foi um dos fundadores da cidade. Foi administrador, com Felisberto, da construção da igreja de Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião. Os dois foram enterrados em seu interior.
Bernardino da Fonseca foi tabelião e mantinha uma escola primária na praça Ruy Barbosa.
Coronel Manoel Alves era fazendeiro, descendente de João Pereira da Rocha. Foi Presidente da Intendência Municipal que organizou a administração do município.
Felisberto Carrejo foi professor, fundador da cidade com Francisco Alves e realizou muitas outras atividades. Antes chamava-se Bela Vista, porque dali se descortinava toda a beleza do Vale do Uberabinha.
Dom Barreto antes era chamada de rua do Cotta. Dom Barreto era bispo de Campinas e fundador da Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado. A congregação, junto com Dom Barreto, fundou o Colégio Nossa Senhora das Lágrimas em 1932, na cidade de Uberlândia. Foi lá a primeira faculdade da cidade, de Filosofia. Atualmente abriga o Colégio Nossa Senhora.
Augusto César foi o Deputado Provincial que apresentou e defendeu o projeto de emancipação de Uberabinha. Foi o primeiro Agente Executivo do município. Chamava-se rua das Pitangas em razão de nela existir grande quantidade de árvores desta fruta.
Joaquim Saraiva foi o fundador da Vila Saraiva.
José Ayube era jornalista de “O Estado de Goiaz”, desta cidade. Chamou-se rua Tupinambás e, antes, rua do João Branco, cuja chácara se destacava naquela área.
Lúcia Matos foi professora do curso primário no Colégio Brasil Central.
Nicomedes Alves dos Santos foi grande empresário, fazendeiro e líder político. Embora localizado no Fundinho, é um logradouro novo, dos fins da década de 1950 mas, mesmo assim teve um nome anterior, Cajubá, falado por muitos até hoje.
Rodolfo Correa era contabilista e professor. Pai do doutor Helvécio Gomes Correa.
Vigário Dantas antes chamava-se rua de São Pedro porque terminava às margens do córrego São Pedro que hoje está debaixo da avenida Rondon Pacheco. O padre João da Cruz Dantas Barbosa foi vigário por muitos anos em Uberabinha. Visionário, empreendedor e formador de opinião, lutou pelo seu desenvolvimento, dando ares de cidade ao velho povoado.

Colégio Nossa Senhora das Lágrimas. Primeira faculdade da cidade, de Filosofia. Atualmente abriga o Colégio Nossa Senhora.
Foto: Divulgação

Segunda igreja de Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião. Erguida no mesmo local da primeira igreja homônima. Foto: Divulgação

Vista aérea de Uberlândia, década de 1940. Abaixo da praça o bairro Fundinho, cidade antiga. Acima a cidade nova que cobriu o cerradão, projeto de James Mellor, a pedido de Arlindo Teixeira. Foto: Divulgação
Coimbra Júnior.
(*) Administrador de Empresas, especializado em Finanças. Trabalha atualmente na Via Travel Turismo. Criou a página História de Uberlândia no Facebook.
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PARABENS OTIMO TRABALHO
Gostei muitíssimo de ler e ver toda essa matéria.
Fotografias espetaculares.
Comentários saborosos.
Sou suspeito por elogiar Uberlândia, pois, sou apaixonado por essa cidade, desde minha juventude.
Tenho uma grande amiga de Araguari, que mora há tempos no Fundinho,Roselys Magalhães Pinto Cortes.
Parabéns.
Parabéns pela iniciativa. Está muito bom. Penso que se fossem incluídos fatos ocorridos na cidade e associados a alguns dos lugares mostrados, a descrição ficaria ainda melhor.