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O Suave Milagre

qui, 18 de dezembro de 2014 03:02

abertura Direito e Justiça

Junto a Siquém, num sórdido casebre, vivia uma viúva, desgraçada entre todas.

Tinha um filho doente, que definhava aos poucos, vencido pelas febres.

O chão era úmido e malsão: não havia ali a mais miserável enxerga. Só alguns trapos que serviam de leito.

Na lâmpada de barro velha e suja secara o azeite.

O grão faltava na arca; cessara o ruído dormente do moinho doméstico. Em terras de Israel era isto a evidência cruel da mais negra miséria.

A pobre mãe, sentada a um canto, chorava. Mal deitada em seu colo descarnado, envolta em farrapos, pálida e tremente, a criança pedia-lhe numa voz débil, como um suspiro, que fosse chamar esse Rabi da Galileia, de quem ouvira falar junto ao poço de Jacó, que amava as crianças, dava de comer às multidões e curava todos os males humanos, com a simples carícia de suas mãos pálidas e esguias.

E a mãe dizia-lhe, chorando:
– Como queres tu, filho, que eu te deixe e vá em busca do Rabi da Galileia? Obed é rico e tem numerosos servos. Pois Obed, com seus auxiliares, procurou Jesus por todos os recantos e aldeias, desde Corazin até o país de Moab, e não o encontrou. Lúcio, o romano, é forte, dispõe de centenas de soldados, e tudo fez para encontrar Jesus. Percorreu os campos e as estradas, desde o Hebron até o mar, e não conseguiu avistar o Rabi. Se os ricos e poderosos não descobriram Jesus, como queres tu que eu possa encontrá-lo?

A criança, com os olhos cansados, repetia baixinho, muito triste:
– Mamãe! Eu queria ver Jesus da Galiléia!

E a mãe, a chorar, torturada pela angústia, continuou:
– De que me servirá, meu filho, partir e ir procurá-lo? Extensas são as estradas da Síria, curta é a piedade dos homens. Vendo-me tão pobre e tão só, os cães viriam ladrar-me à porta. Decerto Jesus morreu; e com ele morreu, uma vez mais, toda a esperança dos tristes.

Pálida e desfalecendo, a criança implorou ainda:
– Mamãe! Eu queria ver Jesus da Galileia!

Abrindo devagar a porta e, sorrindo cheio de amor, Jesus disse à criança:
– Aqui estou, meu filho. Aqui estou!

FONTE: Lendas do Céu e da Terra; Malba Tahan. (Adaptação de texto de Eça de Queiroz)
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DOIS IRMÃOS

Dois irmãos trabalhavam juntos na fazenda da família. Um deles era casado e tinha uma grande família. O outro era solteiro. No fim do dia, os irmãos repartiam igualmente o produto e os lucros.

Um dia, o irmão solteiro pensou: “Não é certo repartir igualmente o produto e os lucros. Sou sozinho, minhas necessidades são menores”. Daí por diante, toda noite, ele pegava um saco de grãos de seu celeiro, atravessava sorrateiramente o campo entre as duas casas, e deixava o saco no celeiro do irmão casado.

Enquanto isso, o irmão casado havia pensado: “Não é certo repartir igualmente o produto e os lucros, afinal, sou casado, tenho mulher e filhos para me ajudar nos anos que virão. Meu irmão não tem ninguém para cuidar dele no futuro”. Daí por diante, toda noite, ele pegava um saco de grãos e levava para o celeiro do irmão solteiro.

Durante muitos anos, os dois não entendiam como seus estoques de grãos permaneciam iguais. Até uma noite escura, em que os dois irmãos esbarraram um no outro atravessando o campo. Largaram os sacos caídos no chão e se abraçaram.

FONTE: Você Não Está Só – Livro II. Jack Canfield; Mark Victor Hansen; Patty Hansen.
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TESOUROS E BENS MATERIAIS:

Não junteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam.

Mas juntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.

Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Mateus, 6, 19 a 21.

FELIZ NATAL A TODOS !

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