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Visionário, Darli foi responsável por sucessivas safras de talentos araguarinos

ter, 5 de janeiro de 2021 21:13

Talita Gonçalves

Equipes Gazeta do Triângulo e Amaral&Amaral

Equipes Gazeta do Triângulo e Amaral&Amaral

Responsável pela formação de gerações de profissionais, Darli Amaral sempre foi conhecido por acreditar no potencial de jovens que apesar de não terem experiência profissional ou formação acadêmica, se dedicavam de corpo e alma ao ofício de jornalista. O filho de Jesus Jeová do Amaral e Geralda Duarte Amaral sempre foi, realmente, um incentivador de sonhos.

O deputado federal Zé Vitor (PL) deu seus primeiros passos no jornal, em 2005. Um ano depois, foi eleito presidente da Auti. Coordenou a Gazeta do Triângulo – Edição Uberlândia e antes disso o Jornal de Domingo, uma espécie de caderno especial que circulava gratuitamente nos bairros da cidade aos domingos. O gosto pelas editorias de cidade e política já anunciava um futuro brilhante que teve como destino a Câmara dos Deputados. “Ele é uma pessoa que enxergou potencial em mim. Sempre solícito e gentil conosco, abria espaço para que pudéssemos trabalhar em novos projetos com ele. Serei eternamente grato a ele por isso,” ressaltou o parlamentar.

O incentivador de sonhos abriu caminho para outros dois jovens talentos: Diogo Machado, atual presidente da Fundação Araguarina de Educação e Cultura, e Talita Gonçalves, que vos escreve com carinho esta reportagem especial. Graças ao nosso destaque no projeto de jornal estudantil desenvolvido por Sávia e Zé Vitor na E.E. Isolina França Soares Torres, conseguimos um estágio na Gazeta: isto mudou minha trajetória, minha vida pessoal e profissional, definitivamente!

Alguns meses depois, Diogo Machado foi contratado pelo extinto Correio de Uberlândia. O conhecimento adquirido na primeira experiência, segundo ele, foi fundamental para que ele conseguisse ter um bom desempenho nesta nova empreitada. “Me lembro da minha primeira ronda policial pelo Gazeta na TV. Era um homicídio, o rapaz tinha enterrado o corpo da companheira em um matagal. Senti muito medo porque foi a primeira vez, um caso chocante, super complicado e que era direto para a TV. Depois de ir ao ar, o Dr. Darli me chamou, elogiou e me disse que aquela seria uma de muitas matérias. Isso me veio como um incentivo e como uma lição para ter perseverança,” revela Machado.

A carreira meteórica do repórter de esportes da TV Globo Leo Hamawaki também começou na Gazeta. Ao todo foram oito meses. Não receberia salário, era só a experiência mesmo. Mas como sempre fez, Darli sempre valorizava sua equipe. “Quando me efetivaram como estagiário, fui até a sala do Darli. Ele me recebeu com um sorrisão e disse: ‘O primeiro salário a gente nunca esquece’. E me deu um envelope com 300 reais. Eu estava rico na época,” brincou Hamawaki, que participou da cobertura das seleções da Argentina e Uruguai, em Buenos Aires, pela Copa do Mundo de 2018.

Darli sempre foi um incentivador de sonhos

Darli sempre foi um incentivador de sonhos

Fabryne Obalhe gosta de contar que teve uma  oportunidade “dois em um”: em uma trabalhou no impresso e também na Gazeta na TV. Acumulou passagens por Uberaba e Ituiutaba, pela TV Integração, e posteriormente a também na filiada da Globo TV Anhanguera, em Catalão. “Foi onde pude aprender, errar, fazer e refazer. Foi onde pude criar, colocar e inventar o meu estilo… foi onde me inspirei… Foi onde conheci o mercado do interior que me abriu tantas outras portas fora”. Foi “a oportunidade’, compartilhou.

Quem conhece o PJ Godoy sabe bem da sua verdadeira devoção ao jornalismo esportivo. Depois de visitar o pai em Londres, berço do futebol, voltou para Araguari com propósito bem específico. Pisou pela primeira vez na redação em junho de 2012, um ano antes de começar a faculdade. Trabalhar sem ter diploma e experiência não era algo atípico ali. Para Darli, canudo nunca foi sinônimo de competência. Hoje já são quase 10 anos no jornalismo, seis deles na Gazeta de maneira direta ou indireta, com a coluna esportiva Ficha Técnica. “Seu Darli me recebeu de braços abertos. Questionou claro, se era isso que eu queria para minha vida. E mesmo sem saber se era isso mesmo, ali ele me deu mais gás para que eu acreditasse que poderia ser,” revela o jornalista, que hoje trabalha em São Paulo.

Gleidson Martins deixou o Brasil em 2007 e foi morar nos Estados Unidos. Em São Francisco, fundou o veículo de comunicação News UpNow, que recentemente passou por uma reformulação e ganhou sede nova. Ávido repórter investigativo, conduziu importantes reportagens sobre o Hospital Municipal e promoveu importantes reformulações no período em que assumiu a Revista Evidência. “Quando decidi sair do Brasil, dona Vanda- esposa – perguntou ao marido: ‘você vai deixá-lo ir’? Então o Seu Darli disse: ‘ele tem que ir’.  Uma outra memória que jamais será apagada. Um incentivo, um conselho, de poucas, mas sábias palavras,” lembrou.

Visionário, Darli sempre apostou na formação de novos talentos para dar continuidade a brilhante história da Gazeta do Triângulo. Tantos outros são os nomes que alçaram voos deste ninho abençoado, conduzido por este grande mestre, incentivador de sonhos. São araguarinos e araguarinas que hoje despontam em carreiras bem-sucedidas na comunicação e deram seus primeiros passos na redação da rua Aurélio de Oliveira. Foram gerações de profissionais responsáveis por escrever e ter o próprio nome escrito na história do jornal mais antigo do Triângulo Mineiro, graças à inteligência e arrojo do inesquecível Darli Amaral.

 

 

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