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PM visitará escola para conversar com comunidade em Araguari

sex, 30 de outubro de 2020 14:51

Com assessoria 

Uma visita técnica a partir da semana que vem deverá ser agendada pela Polícia Militar com a participação de pais, alunos e professores na Escola Estadual Rainha da Paz, em Araguari. Essa foi a promessa do diretor de Educação Escolar e Assistência Social da Polícia Militar de Minas Gerais, Tenente Coronel PM Wellerson Conceição Silva. Responsável pelas 30 unidades do Colégio Tiradentes em Minas Gerais, ele fez a promessa durante audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quinta-feira, 29.

A cessão do prédio escolar foi debatida na Assembleia Legislativa

A cessão do prédio escolar foi debatida na Assembleia Legislativa

 

Durante a reunião, todos os envolvidos na cessão do prédio da Escola Estadual Rainha da Paz para o Colégio Tiradentes foram bastante criticados por membros da comunidade, que afirmaram não terem sido consultados no processo de tomada de decisão pela Secretaria de Estado de Educação.

A escola, que existe desde 1964, funcionou por 36 anos num prédio alugado e mudou de endereço duas vezes enquanto a sede definitiva não era construída, o que aconteceu em 2008 depois de mobilização.

“Queremos levar esclarecimentos e informações a todos, tranquilizar os pais e a comunidade. Nossas pautas são convergentes. Estávamos com demanda reprimida do Tiradentes em Araguari e constatamos que a Rainha da Paz teria salas de aula e espaço suficientes para receber nossos alunos. Então encaminhamos a demanda para a secretaria e acreditamos nessa fusão, que atenderá bem a todos”, explicou o Tenente Wellerson.

No entanto, o professor Cleberson Pinelli Ribeiro fez questionamentos com relação à autonomia administrativa da escola, que seria “perdida” para o Tiradentes, uma instituição militar. Isso implicaria em mudanças no processo seletivo para admissão dos alunos e demissão dos 50 profissionais de educação que trabalham na instituição.

O deputado Raul Belém explicou que inicialmente foi procurado pelo Tiradentes, solicitando recurso de R$ 150 mil para expansão de suas instalações, mas, após conversa com a secretária de educação, chegaram à conclusão de que o prédio da escola estadual teria capacidade técnica para absorver os alunos do colégio militar, numa fusão que traria crescimento para ambos e nenhum prejuízo a nenhuma das partes.

“Veio a pandemia e não tive mais notícias desse processo. Aí o Colégio Tiradentes há 30 dias me solicitou uma nova reunião, pedindo que eu concedesse, via emenda parlamentar, recursos para uniforme e material didático dos alunos da Rainha da Paz. Também me pediram que eu aportasse R$ 350 mil para a Escola Estadual Dona Eleonora Pieruccetti, para fortalecer a educação estadual na região. Após essa reunião, um assessor meu postou nas redes sociais sobre a cessão do prédio e isso assustou a comunidade, que não estava ciente até aquele momento”, esclareceu.

Quanto ao processo seletivo e a demissão de professores, o parlamentar disse que não havia sido informado. “Essa fusão teria 70% de alunos civis e 30% de alunos militares. E para mim está claro que quem vai administrar a escola é a Secretaria de Educação, a quem o Tiradentes é subordinado. E eu nunca soube que esses profissionais seriam demitidos. Sou colaborador da educação na minha cidade, quero fortalecer, não fechar a escola. Quem tem poder para decidir o que vai acontecer é o governo”, reforçou.

Segundo representente do governo, decisão pode otimizar prédio escolar.

O subsecretário de Articulação Educacional da Secretaria Estadual de Educação, Igor Alvarenga, enfatizou que a cessão se baseia em parecer técnico do inspetor escolar, que mostra que o prédio da escola é grande e poderia ser melhor utilizado. “Vimos que é possível sim a união das duas escolas para funcionamento e atendimento da comunidade. Isso é para atender demanda do comando da Polícia Militar. E os professores poderão ser remanejados para outras escolas, se isso for necessário”, completou.

A deputada Beatriz Cerqueira (PT), presidente da comissão e autora do requerimento para a audiência, e os deputados Sargento Rodrigues (PTB) e Bartô (Novo), mesmo com pontos de vista distintos sobre a transformação da escola, concordaram que a falta de diálogo por parte do governo está na raiz da divergência.

Bartô e Sargento Rodrigues são favoráveis à cessão para o Colégio Tiradentes, mas disseram entender a apreensão de pais, alunos e professores com a falta de informações sobre as decisões do governo.

Eles destacaram, contudo, que os alunos que, assim desejarem, serão recebidos pelo colégio militar, sem processo seletivo ou fila de espera, o que consideram muito positivo, tendo em vista o alto desempenho de instituições congêneres no Estado.

No entanto, para a deputada, ficou claro o desejo dos representantes da comunidade escolar, durante a reunião, de que a cessão não aconteça. “Por que mexer no que está dando certo, já que a estrutura da escola e seus indicadores de ensino são excelentes? Ninguém achou importante ouvir os pais, ouvir os alunos? O governo precisa fazer essa escuta antes de efetivar a expansão”, completou.

3 Comentários

  1. Anônimo disse:

    O governo só tem compromisso com os professores efetivos que poderão ser remanejados pra outras escolas. As pessoas contratadas não serão demitidas e sim participar de convocações nas outras escolas ano que vem para ver se conseguem vagas para trabalhar. Isso se a pandemia der uma trégua. Não tem mistério nenhum, é isso aí.
    Vai arrumar dinheiro pra construir um prédio pra essa escola Tiradentes, nosso herói nacional, Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria. O Tiradentes não traiu, ele foi traído. Esse bairro vai crescer e as salas serão a conta do Rainha da Paz, tem biblioteca, salas de computação. Querem pegar o prédio pronto é mais fácil. E ainda falou errado, eu não sabia que os professores efetivos seriam remanejados, porque os contratados vão na verdade é pra rua. Não deixem ser enganados, na próxima que é dia 15 dá o troco nas urnas.

  2. Anônimo disse:

    Não tem que dialogar coisa nenhuma, tem é que construir um prédio pra esse colégio. Terrenos é o que não faltam em Araguari. Vai tentar fazer isso em outras escolas mais centrais para ver o pau quebrar. Tem um bairro muito longe que é o portal dos Ipês que precisa urgente de escola. Constrói lá. Até tem uma escola estadual que precisava ser transferida pra lá, mas é preciso construir um prédio. Eu quero ver trazer din din pra isso. Esse negócio de inaugurar placas que ninguém vê o dinheiro não dá. É placa em tudo quanto é lugar, para tapear as pessoas desavisadas. Pensa que todos são bobos.

  3. Anônimo disse:

    Eu não sabia que os inimigos viraram amiguinhos, será que é porque a quadrilha abandonou, ou o melhor não botou fé e aí resolveu procurar outro que caiu melhor na graça do povo e aí entrou a lábia do outro que teve escola do dad. O remédio foi procurar o inimigo com o qual vivia de picuinha.

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