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Pandemia da Covid-19 ocasionou o fechamento de várias empresas pelo país

sáb, 18 de julho de 2020 07:04

Da Redação 

Em Araguari, é possível ver várias placas sobre aluguel e venda onde antes situavam algumas pequenas empresas.

Em Araguari, é possível ver várias placas sobre aluguel e venda onde antes situavam algumas pequenas empresas.

Os impactos da Covid-19 são nítidos, especialmente no que se refere aos setores comercial e industrial. Desde a chegada do vírus em território brasileiro, estes nichos foram um dos principais afetados, tendo que readequar e inovar nos dmeios de trabalho. Ainda assim, nem todos conseguiram seguir o ritmo e o novo padrão que deve permanecer daqui em diante.

A pandemia ocasionou o fechamento de 522,7 empresas, mediante um total de 1,3 milhão que já encerraram as atividades, sejam elas temporárias ou definitivas, somente na primeira quinzena de junho. As informações foram apresentadas pela pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, realizada a caráter experimentar pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados apresentados pela pesquisa também mostraram que 39,4% do total e a maioria, 518 mil (99,2%) se tratavam de empresas de pequeno porte que contavam com cerca de 49 colaboradores; outros 4,1 mil (0,8%) eram de porte intermediário, com 50 a 499 empregados; e 110 (0%) de grande porte, que têm mais de 500 empregados. O setor de Serviços continuou sendo o mais atingido. Foram 258,5 mil (49,5%), seguido do Comércio com 192,0 mil (36,7%), 38,4 mil (7,4%), da Construção e 33,7 mil (6,4%) da Indústria.

De acordo com o IBGE, a estimativa é de que o país tinha, na primeira quinzena de junho, 4 milhões de empresas. Entre elas 2,7 milhões (67,4%) estavam em funcionamento total ou parcial; 610,3 mil (15%) foram fechadas temporariamente e 716,4 mil (17,6%) encerradas em definitivo. Ainda conforme a pesquisa, das empresas que encerraram definitivamente suas atividades, independente de motivo, as mais atingidas foram as de menor porte (715,1 mil ou 99,8%). O número cai bastante nas intermediárias (1,2 mil ou 0,2%) e nenhuma era de grande porte. Mais uma vez o setor de serviços alcançou maior proporção (46,7% ou 334,3 mil), seguido pelo comércio (36,5% ou 261,6 mil), pela construção (9,6% ou 68,7 mil) e pela indústria (7,2% ou 51,7 mil).

Em Minas Gerais a situação não é muito diferente. Entre as unidades da Federação, o Estado teve a maior queda na arrecadação do mês de abril, segundo informações do Ministério da Economia, ao perder cerca de 30% na receita com tributos sobre o mês mesmo em 2019. Tudo isso, devido às recomendações de distanciamento social para evitar a disseminação e contaminação da Covid-19.

Conforme declaração do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), novos recursos serão disponibilizados pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), direcionado a pequenas e médias empresas, visando amenizar os impactos da pandemia. Na oportunidade, ele citou o processo de privatização das estatais, a concessão de rodovias mineiras, e alertou quanto 2020 ter sido mais um ano perdido.

A reportagem da Gazeta do Triângulo tentou entrar em contato via telefone, com a unidade da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg) em Araguari, mas não foi atendida até o fechamento desta edição. A tentativa de contato foi realizada no intuito de obter dados a nível municipal sobre o fechamento das empresas.

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