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Coluna: Saúde Alerta (23/09)

qua, 23 de setembro de 2020 12:45

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21 DE SETEMBRO: As mais belas histórias não podem ser esquecidas

 

O dia 21 setembro é o dia mundial do Alzheimer, data em que se marca a necessidade de defesa e conscientização da sociedade sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do cuidado ofertado, bem como do apoio e suporte aos familiares e cuidadores das pessoas que vivem com a doença de Alzheimer.

A demência é uma das causas mais comuns de incapacidade e dependência entre as pessoas idosas. Além da questão humana, do sofrimento de familiares, amigos e do doente, existe um grave impacto global. Em 2018, os custos em cuidados e tratamento ficou na ordem de US$ 1 trilhão. Estima-se que daqui dez anos chegará a US$ 2 trilhões. É mais do que o Produto Interno Bruto do Brasil, hoje em cerca US$ 1,7 trilhão.

A Doença de Alzheimer atinge, em geral, pessoas mais idosas e provoca a degeneração das células cerebrais, resultando na perda de memória e das funções cognitivas. Apenas 7,13% dos casos mundiais de Alzheimer se dão abaixo dos 65 anos. Entre os que estão na casa dos 85 anos ou mais, 35% tem Doença de Alzheimer.

 

Em relatório mundial da Doença de Alzheimer, divulgado pela Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), destaca-se estudo da Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres com cerca de 70 mil pessoas de mais de 100 países diferentes. Ele constata que a desinformação da população em relação à demência de forma geral é alarmante: dois terços dos entrevistados acreditam que a demência é normal e faz parte da velhice. A falta de orientação sobre o tema prejudica o diagnóstico precoce e tratamento adequado.

O envelhecimento pode sim causar leve esquecimento, mas não prejuízos à vida pessoal e profissional, ao mercado de trabalho, ao sistema de saúde, entre outros.

Vale ressaltar que  toda atenção é pouca neste momento em que os índices de demência estão prestes a explodir e o mundo ainda enfrenta a pandemia da Covid-19.

As evidências científicas confirmam que o que é bom para o coração também é bom para nosso cérebro.

A prevenção da Doença de Alzheimer pode começar por essa linha, sendo que a atividade física é indispensável do ponto de vista de prevenção, inclusive na faixa etária mais idosa. Além disso, a questão da poluição também é um dos novos fatores modificáveis. Os fatores de risco cardiovasculares podem interferir na evolução de demências, assim como os distúrbios de sono.

Vale registrar aqui que existem alguns tratamentos e métodos de reabilitação cognitiva. Para o diagnóstico há esperança de que seja descoberto um marcador biológico com assertividade no diagnóstico à Doença de Alzheimer, que ainda não existe, porém, já há luz no fim do túnel. Estudos publicados recentemente na revista JAMA apontam ser viável identificar a doença de Alzheimer através de um exame de sangue. O biomarcador (o fosfo-tau 217) diagnosticaria a taxa dessa proteína no sangue vinte anos antes do começo do comprometimento das funções cognitivas. Entretanto, só mais testes dirão se realmente será eficaz para distinguir o Alzheimer de outros tipos de demência.

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