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Coluna: Saúde Alerta (12/08)

qua, 12 de agosto de 2020 01:14

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AGOSTO DOURADO

Chegamos no Agosto Dourado, instituído no Brasil por meio da Lei 13.435, durante a 25ª Semana Mundial de Aleitamento Materno, em 2017. A cor dourada foi escolhida em alusão à definição da Organização Mundial de Saúde – OMS para o leite materno: alimento padrão ouro para a saúde dos bebês. E este ano o tema será: “Apoie o Aleitamento Materno por um Planeta Saudável”, se concentrará no impacto da alimentação infantil no meio ambiente/mudança climática e no imperativo de proteger, promover e apoiar o aleitamento materno para a saúde do planeta e de seu povo.

 

“Apoie o aleitamento materno por um planeta saudável” é tema da campanha para o Agosto Dourado deste ano, foi definida pela World Alliance for Breastfeeding Action (Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno – WABA) e tem o objetivo de conscientizar sobre o vínculo entre a amamentação e a saúde do planeta.

 

Segundo a WABA, a proposta deste ano é mostrar que a amamentação é um dos melhores investimentos para salvar vidas infantis, além de promover o desenvolvimento social e econômico dos indivíduos e das nações. Somado a isso, também é considerada uma prática sustentável e ecológica, por várias razões, entre elas: o fato de ser o primeiro alimento consumido normalmente, sendo um fator crítico de um sistema alimentar sustentável; pode contribuir para a saúde em curto e longo prazo, e para a boa nutrição e segurança alimentar em situações normais e de emergências; ao ampliar a amamentação para o tempo ideal, pode impedir a morte de mais de 823 mil crianças e de 20 mil mães por ano.

 

A Organização Mundial da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) recomendam que o início da amamentação deva ocorrer dentro da primeira hora após o nascimento, sendo exclusiva até os seis primeiros meses de vida. Até os dois anos ou mais, podem ser introduzidos alimentos sólidos, nutricionalmente adequados e seguros.

 

Ainda conforme a organização, apenas cerca de 40% de todos os bebês são amamentados exclusivamente até os seis meses de idade e 45% continuam por até dois anos. Muitas vezes pela falta de apoio ou condições necessárias.

 

Promover e apoiar o aleitamento materno é extremamente importante, pois são muitos os benefícios que proporciona tanto para o bebê quanto para a mãe. No caso do recém-nascido, pode prevenir doenças infecciosas, incidência e seriedade da diarréia, cáries e má oclusão (mordida correta), diminuição de infecções respiratórias e otites, além de influenciar no aumento do nível intelectual. Protege contra leucemia. As crianças amamentadas por 6 meses ou mais, quando comparadas com as que mamam menos, ou não são amamentadas, têm risco 20% menor de apresentar leucemia.

 

Melhor desempenho nos testes de inteligência em crianças e adolescentes amamentados são encontrados, assim como maior escolaridade e renda aos 30 anos, reduz mal oclusões na dentição decídua e tem efeito positivo na qualidade da mastigação em pré-escolares.

 

Está associada a uma menor prevalência de sobrepeso, obesidade e diabetes tipo II.

 

Já para as mamães, os efeitos positivos são a redução do risco de câncer de mama, ovários e de hipertensão.

 

A mulher que amamenta também tem menor risco de ter câncer de mama, ovário e endométrio, assim como menor risco de diabetes tipo 2 e recorrência da enxaqueca no 1º mês pós-parto, se a amamentação for exclusiva.

 

 

Mulheres que contraíram coronavírus podem amamentar normalmente?

Em meio a pandemia causada pelo novo coronavírus, algumas dúvidas surgiram sobre a possibilidade ou não de transmissão da doença através do leite materno. O Ministério da Saúde esclarece que até o momento não há evidência científica que comprovem e, por isso, não há necessidade de suspensão do aleitamento materno. Inclusive, recomenda que seja mantida mesmo em caso de infecção pela Covid-19, se for a vontade da mãe.

 

Para ajudar na prevenção, alguns cuidados são importantes, uma vez que a contaminação pode ocorrer através das gotículas respiratórias. É indicado: lavar as mãos por pelo menos 20 segundos antes de tocar o bebê ou antes de retirar o leite materno (extração manual ou na bomba extratora) ou amamentar; usar máscara facial (cobrindo completamente nariz e boca) durante as mamadas e evitar falar ou tossir;

 

se não for amamentar diretamente, seguir rigorosamente as recomendações para limpeza das bombas de extração de leite após cada uso.

 

E para a doação de leite?

 

Para a doação do leite humano de mulheres que estão com o vírus – suspeito ou confirmado – é importante recomendar a contraindicação temporária da doação pelo período de 14 dias, contados a partir do início dos sintomas, mesmo que as normas técnicas oferecem uma segurança e garantia da qualidade em todo o processo de coleta, armazenamento, pasteurização, então não houve nenhuma mudança. A única recomendação é que para qualquer doença infectocontagiosa, não só para o coronavírus, a doação é contraindicada até a melhora do quadro

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