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Coluna: Direito e Justiça (23/07)

qui, 23 de julho de 2020 09:31

Abertura-direito-e-justica

 

 

Língua Portuguesa:

 

A ou HÁ?

1)      A: preposição, quando for tempo futuro ou distância

 

Só nos veremos daqui a três meses.

Daqui a alguns anos a pandemia será coisa do passado.

Estamos a cinco metros da chegada.

Daqui a 10 quilômetros, poderemos almoçar.

 

2)      : verbo (haver no sentido de fazer), usado para tempo já transcorrido / passado.

 

Não nos vemos há 10 anos (faz).

Há muito tempo aconteceu aqui um crime (faz muito tempo).

Há 36 anos que eu resido em Araguari (faz).

Há muito tempo que eu lido na área do Direito (faz muito tempo).

 

3)      : verbo (haver no sentido de existir) e no singular:

 

Há (existe) verdade nisso que você fala de mim?

Há (existem) verdades nisso que você fala por aí?

Há (existe) muita lambança feita durante essa época de pandemia.

Há (existem) mais coisas entre o céu e a terra do que pensa a nossa vã filosofia.

 

 

O Respeito Humano:

 

Um jovem estudante passeando, uma noite, pelas ruas de Paris, entrou por acaso numa igreja. Não era incrédulo, nem tampouco fervoroso. De pé, sem ter a intenção de rezar, distraia-se em observar os que se achavam no templo: mulheres, meninas, alguns trabalhadores e meia dúzia de soldados vindos, com certeza, horas antes, das aldeias mais próximas.

‘De repente viu, do outro lado, um homem ajoelhado, em atitude reverente.

– “Eis ali um religioso” — murmurou o estudante — “que parece ser pessoa de tratamento e elevada distinção. Como teria vindo parar aqui, a rezar com este povo? Vamos observá-lo de mais perto.”

O jovem encaminhou-se discretamente para lá e encaminhou-se para o homem que orava.

É incrível — exclamou, tomado de vivo espanto — é o professor Ampère.

Era ele, realmente, o maior gênio da Escola Politécnica de Paris, o fundador da eletricidade dinâmica. André Maria Ampère, que ali, humilde como uma criança, estava orando aos pés do altar.

– Se um homem notável como este — disse o estudante — o maior sábio do mundo, não se sente diminuído ou envergonhado ao demonstrar a grandeza de sua fé, não vejo mais motivo algum para conservar o meu espírito envenenado pelo respeito humano!

Desse dia em diante o rapazinho alterou, por completo, o rumo de sua vida. Passou a frequentar a igreja e a orar com devoção junto aos altares.

Esse estudante veio a ser o grande Frederico Oazanam, que vencera para sempre o respeito humano que dominava o seu coração de jovem.

FONTE:        Malba Tahan.

Lendas do Céu e da Terra.

 

Coluna Direito e Justiça:

 

  • Tolo e estúpido é aquele que transita pelo mundo, cheio de arrogância e de empáfia, como se fosse o maior dentre todos e como se gozasse de eternidade.
  • Como sendo a única certeza de fato existente, a morte haverá de chegar para todos um dia, quando a finitude e a mortalidade humanas apresentar-se-ão de forma inexorável e irrecusável.
  • Então, tal como foi dito no Eclesiastes: “…e o pó volte à terra como era, e o espectro volte a Deus, que o deu”.
  • Altos cargos, funções relevantes, carneiradas, dinheiro em caixa, bens estocados, beleza física, sapiência, astúcia, nada disso irá valer como prova de mérito do outro lado e, conforme Chico Xavier, assinalou, somente uma questão é que nos será proposta: “quanto de bem você fez durante o curso da sua vida?”
  • Sim, quanto de bem você já tem no seu crédito?

 

Boa Vontade:

 

Tendo um homem adquirido uma fazenda, encontrou-se, dias depois, com um de seus vizinhos:

– O senhor comprou esta propriedade? — perguntou-lhe o vizinho em tom quase agressivo.

– Comprei-a, sim, meu amigo!

– Pois sinto dizer-lhe que vai ter sérios aborrecimentos com as terras, comprou, também, uma questão nos tribunais.

– Como assim? Não compreendo!

– Vou explicar. Existe uma cerca, construída pelo proprietário anterior, fora da linha divisória. Não concordo com a posição dessa cerca. Desejo defender os meus direitos e vou demandar.

– Peço-lhe que não faça semelhante coisa.  — redarguiu o proprietário — Acredito na sua palavra. Se a cerca não está no lugar devido, iremos e consertaremos tudo de pleno acordo.

– O senhor está falando sério?

– É claro que estou!

– Pois, se é assim, – respondeu o reclamante — a cerca ficará como está. O senhor é um homem honrado e digno. Faço mais questão de sua amizade do que de todos os alqueires de terra.

E os dois vizinhos tornaram-se amigos inseparáveis e essa amizade foi de grande utilidade para ambos.

 

FONTE:        Malba Tahan.

Lendas do Céu e da Terra.

 

Coluna Direito e Justiça:

 

  • A simpatia e a boa vontade repousam na mansidão, o que não se confunde com omissão ou covardia.
  • Recebamos, sempre, com simpatia e boa vontade aqueles que se aproximam de nós.
  • Não se enfadar por bagatelas, nem tomar por ofensa o que na realidade não o é.
  • Muito melhor é e será cultivar boas amizades e boas vizinhanças, que nos poderão valer em época de dificuldade.
  • Não há vantagem alguma na discórdia, quando se vislumbra uma mínima possibilidade que seja para a conciliação e a harmonia ainda que seja à custa de um prejuízo material aparente e atual.

 

2 Comentários

  1. RONALDO disse:

    COMO SEMPRE, SÁBIAS PALAVRAS (JÁ TIVE O PRAZER DE CONVERSAR COM ESSE SENHOR (ROGÉRIO FERNAL) E FIQUEI DE BOCA ABERTAS TAMANHA INTELIGENCIA .

  2. Eliane disse:

    Eu sempre tive vontade de pesquisar sobre esse nome Antônio Frederico Ozanam, em português mas, me passou pela cabeça. Agora me despertou a curiosidade e fui na Wikipedia. Foi criador da Sociedade São Vicente de Paulo, nasceu na Itália, mas faleceu na França aos quarenta anos. Foi beatificado por João Paulo segundo.

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