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Autoescolas não apresentaram redução no valor da CNH depois de retirada do simulador

ter, 22 de outubro de 2019 05:30

por Laura Alvarenga

Desde o dia 16 de setembro não são mais obrigatórias as aulas de simulador para a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A alteração ocorreu através da aprovação de uma medida publicada pelo Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, em 13 de junho deste ano. Chegou-se a essa conclusão, depois de uma reunião do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) o qual também estipulou que o número de aulas práticas para a habilitação da categoria B, pode ser reduzido de 25 para 20 horas.

 

 Em algumas autoescolas existe a possibilidade de inclusão da carteira para motocicletas

Em algumas autoescolas existe a possibilidade de inclusão da carteira para motocicletas

 

Na época, o ministro Tarcísio Freitas, justificou que não foi comprovada a eficácia das aulas de simulador para a formação dos novos condutores. Este ainda afirmou que, existem vários países ao redor do mundo onde o uso do aparelho durante as aulas não é obrigatório e que, ainda assim apontam excelentes níveis de segurança no trânsito.

As autoescolas de todo o país tiveram o prazo de 90 dias para cumprirem a determinação e implementarem a nova regra na grade curricular. A partir de agora, é exigido que o aluno cumpra apenas 20 horas de aulas práticas, tornando optativo as aulas de simulador antes de ir para as ruas. Neste caso, o aprendiz deve completar no mínimo 15 horas de aulas práticas e cinco horas no equipamento.

Na ocasião, o ministro ressaltou que esta decisão era discutida há algum tempo, e agora, após determinação, o uso dos simuladores durante as aulas de habilitação, passa a ser facultativo. “Se ele julgar que é importante para a sua formação, que não está seguro de sair para aula prática, poderá fazer. Se não quiser, não terá que fazer a aula de simulador”.

A medida previa a redução nos valores apresentados pelas autoescolas para a obtenção da CNH. A previsão era que houvesse uma baixa em torno de 15% do valor total cobrado pelos centros de formação de condutores, direcionados a todos os tipos de carteiras de habilitação.

Contudo, uma pesquisa feita pela reportagem da Gazeta do Triângulo, averiguou que a realidade é outra. Ao entrar em contato com algumas autoescolas da cidade, foi possível perceber que, na verdade, o preço aumentou. O valor que antes girava em torno de R$ 900,00 a R$ 1.100,00 dependendo da forma de pagamento (à vista ou parcelado) subiu para R$ 1.240,00. Em outra o valor chegou a R$ 1.400,00.

Algumas autoescolas dão a opção de o aluno adquirir um pacote para as habilitações de carro e moto. Sendo assim, o condutor tem a chance de pagar apenas a taxa de inclusão. Em uma autoescola da cidade, é cobrado também, o valor de R$ 300,00 para o aluguel da motopista.

Vale ressaltar que os valores citados não incluem as taxas do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) no valor médio de R$ 600,00, sendo R$ 269,00 apenas de taxas estaduais, de acordo com a atendente de uma das autoescolas consultadas. No geral, essas taxas são: obtenção da Permissão para Dirigir (PPD); Exame Psicológico (Psicotécnico) e de Aptidão Física e Mental (Médico); Prova de Legislação e Exame de Direção Veicular.

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