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Alta nos preços prejudica venda de imóveis em Araguari

sex, 11 de setembro de 2020 10:40

Da Redação

A construção civil tem sido um dos principais motores econômicos do país

A construção civil tem sido um dos principais motores econômicos do país

O ano começou com uma expectativa de estabilização e crescimento da economia, principalmente, diante do cenário de reaquecimento do setor imobiliário, observado durante 2019. Junto ao agronegócio, a construção civil tem sido um dos principais motores econômicos do país na pandemia.  Parte dessa perspectiva positiva consistia no aumento do número de lançamentos de imóveis em todo o país, que cresceu 11,8% no segundo trimestre do ano passado, em comparação ao mesmo período de 2018.

Esse avanço ajudou a expandir o número de vendas de imóveis, que subiu 16%, segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). O otimismo entre compradores e investidores, influenciou diretamente nas captações imobiliárias, no entanto, a pandemia do novo coronavírus levou a uma desaceleração brusca e, consequente, aumento no preço de imóveis e dos preços de produtos básicos para a construção civil. O cimento, por exemplo, subiu de janeiro até agosto 40%, o aço, 20%, o PVC, 15%, os cabos, na proporção de 15% a 18%.

“Estamos empenhados em fazer com que o mercado continue funcionando, mas, de fato, a confiança e a renda dos consumidores ficarão reduzidas por mais tempo e, com o aumento de preços em materiais de construção e outros serviços, as empresas terão sua saúde financeira impactada”, afirmou Carlos Augusto, funcionário de uma imobiliária em Araguari.

Para ele, o principal motivo para esse cenário é o incremento de reformas e ampliações, principalmente residenciais, durante o período da pandemia do novo coronavírus e em Araguari não é diferente. O pagamento de auxilio emergência fez com que aumentasse a procura por esses produtos, podendo ser visto várias construções e reformas pela cidade. “Com a quarentena, as pessoas perceberam a importância de ampliarem o conforto das suas casas, o que as levou a reformar os imóveis”, ressaltou.

Esse aumento de preços trouxe dificuldade para os construtores que fazem vendas antecipadas de imóveis com os preços pré-fixados, por meio de financiamentos. Além disso, as medidas restritivas também têm interferido na entrega de imóveis, pois, desde o início da pandemia, as construtoras precisaram dar maior atenção às orientações dos órgãos de saúde, visando garantir a segurança dos trabalhadores. A alta nos preços segue a mesma tendência de certos itens alimentícios, que têm subido rapidamente nos últimos dias, como o arroz e o óleo de soja.

Sobre isso, o Procon em Araguari (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) informou que está acompanhando os preços dos produtos da cesta básica, levando em consideração que a população tem reclamado de preços abusivos e de falta de fiscalização.

Diante disso, as denúncias estão sendo apuradas e encaminhadas ao Ministério Público. Cabe ressaltar que, conforme averiguado pelo Procon, os preços cobrados são provenientes dos fornecedores e não dos comerciantes da cidade, como tem sido relatado. Além disso, foi verificado que a taxa entre a nota fiscal dos fornecedores e o preço das gôndolas está na margem aceitável para venda de produtos. Em caso de dúvidas ou denúncias sobre preços dos produtos e serviços, a população pode entrar em contato com o órgão através dos telefones 3690-3207 e 3690-3217.

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