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Neuropsi – As pessoas confundem tristeza e depressão. Qual a diferença?

qui, 25 de julho de 2019 05:43

Abertura-neuropse

1-As pessoas confundem tristeza e depressão. Qual a diferença?

A tristeza faz parte dos nossos sentimentos e emoções. É “normal” passarmos por momentos ou algum período de tristeza, por exemplo, quando sofremos perdas ou frustrações. Quando o grau de sofrimento é grande e começa haver prejuízo na nossa capacidade funcional, aí começamos a pensar em um quadro patológico.

A depressão é uma doença psiquiátrica cuja alteração principal é o humor ou afeto deprimido e, geralmente, acompanhada por alterações das atividades e com outros sintomas secundários, facilmente compreendidos no contexto das alterações.

2-Como identificar o comportamento de um deprimido? Quais são os principais sintomas?

O humor (tristeza) está presente na maior parte do tempo, acompanhado de redução da energia e diminuição da atividade. Ocorre também redução da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga importante. Observa-se em geral problemas do sono e diminuição do apetite, diminuição da autoestima e da autoconfiança e frequentemente ideias de culpabilidade.

3-Como amigos e familiares podem ajudar? O que observar para ajudar no diagnóstico?

Sim, inclusive é comum que as pessoas de seu convívio identifiquem e recomendem a busca por ajuda. Geralmente são observados prejuízos na sua capacidade funcional, como queda no desempenho no trabalho, problemas nos relacionamentos e o mais grave risco, tentativa de suicídio.

4-Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é predominantemente clínico, ou seja, depende de uma avaliação de um profissional da área (psiquiatra ou psicólogo). Exames podem ajudar, mas o essencial é a avaliação feita por esses profissionais.

5-Quais os fatores de risco para a depressão?

Alguns fatores são: uma tendência da pessoa em experimentar negativamente as sensações; traumas na infância; eventos estressantes na vida; fatores genéticos; doenças crônicas ou incapacitantes; presença de outras doenças psiquiátricas.

6-O nível econômico/ classe social tem impacto na maior ou menor incidência da doença?

Sim, pois os grupos sociais de menor poder aquisitivo estão mais expostos a eventos estressantes e adversos ao longo da vida, além de menor acesso à saúde, tanto física quanto mental.

7-Mulheres sofrem mais com a doença? Qual o motivo?

A prevalência de depressão é duas vezes maior em mulheres, sendo em torno de 3,6% para homens e 6,7 % para mulheres em um ano.

8-A depressão atinge todas as idades? Há maior prevalência em alguma?

Sim, sendo mais comum na segunda à terceira década de vida. Observa-se que, cada vez mais, há diagnósticos em crianças.

9-Qual é o tratamento da depressão? Qual o profissional capaz de tratá-la?

Atualmente existem algumas possibilidades terapêuticas, como os medicamentos antidepressivos serotoninérgicos, psicoterapia nas suas modalidades, estimulação transmagnética e até eletroconvulsoterapia. Tanto médicos quanto psicólogos estão habilitados para tratar a depressão.

10-Há cura para a depressão ou ela é crônica?

Atualmente fala-se em remissão completa dos sintomas e possível manutenção do tratamento em longo prazo.

11-Quanto tempo dura um tratamento contra a doença?

Geralmente, sendo um primeiro episódio depressivo, entre um a dois anos de tratamento.

 

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