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Neuropsi – Doença de Parkinson

qui, 14 de abril de 2016 08:39

Abertura-neuropse

 1-O que é Doença de Parkinson ?
É  uma doença degenerativa do sistema nervosos central, crônica e progressiva que causa tremores, rigidez e aumenta a tendência à queda. Atinge 1% da população mundial acima dos 65 anos; só no Brasil, cerca de 400 mil pessoas são portadoras deste mal. Ela costuma se instalar de forma lenta e progressiva e é causada por uma diminuição intensa da produção de um neurotransmissor chamado de dopamina.

 Doença de Parkinson

Doença de Parkinson

2-Qual a relação do Mal de Parkinson com a Psicologia?
O Mal de Parkinson é basicamente físico, mas a mente também pode ser afetada. Fatores emocionais representam uma parte importante dessa doença. Os efeitos traumáticos da doença podem gerar uma grande confusão, angústia  e ansiedade.
A depressão pode agravar e trazer consequências negativas durante o tratamento da doença.
A memória e a inteligência dos indivíduos com Parkinson também podem ser comprometidos com a doença. Assim como os movimentos, o raciocínio pode ficar mais lento também.

3- Como o paciente reage psicologicamente após o diagnóstico da doença?
Um diagnóstico do Mal de Parkinson é um acontecimento sério na vida de uma pessoa. O modo como o paciente interpreta o fato é muito importante. Disso vai depender a maneira como ele se sente e o que ele faz. Naturalmente, os sentimentos do paciente também afetarão familiares e amigos.

4-Como é o comportamento do paciente ao saber da doença?
Primeiro aparece uma postura de não querer saber sobre a doença de maneira nenhuma, tentando não ter nada a ver com ela, encobrindo-a. Há um esforço para negar que ela exista. O sentimento dominante é o de revolta. O doente tem a sensação de injustiça por parte da natureza por ter sido escolhido para ter essa doença. A ansiedade domina o quadro, com irritabilidade que interfere nas relações com a família e a insônia domina, sobretudo, no princípio da noite. A família pode piorar a  depressão, ao invés de dar o suporte, o apoio e o carinho que o doente tanto necessita, discriminando-o.
Com o passar do tempo e com o equilíbrio dos sintomas físicos da doença através da medicação, o doente tem tendência a adaptar-se e viver bem com a doença.

5-Como se faz o tratamento psicológico desse paciente ?
O Parkinsoniano tem que ser considerado como um todo. Quer dizer que não podemos dividir os problemas físicos para um lado e psicológicos para o outro. A solidariedade e o carinho da família e a psicoterapia  são fundamentais para resgatar a independência do paciente, normalmente deprimido e isolado da sociedade.
Família, médicos, fisioterapeutas e amigos devem mostrar ao paciente que é possível conviver com a doença. Fazer com que o paciente se sinta útil e ativo o deixará mais estimulado a reagir à doença. A qualidade de vida, em toda a sua expressão, deve ser encarada como objetivo fundamental. Pode-se  acrescentar ainda que a família algumas vezes também carece de muito apoio psicoterápico.

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