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Municípios devem passar por treinamento para administrar as vacinas monkeypox

qui, 16 de março de 2023 08:09

Da Redação

O Ministério da Saúde enviou 1.101 doses do imunizante a Minas Gerais

A Monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos, é uma doença causada pelo vírus monkeypox. Trata-se uma zoonose viral em que a transmissão pode acontecer, através do contato com o animal ou com o humano infectado. Vale salientar que, os macacos não são reservatórios do vírus da varíola. Ou seja, os animais são tão contaminados quanto os humanos, não sendo os responsáveis pelo vírus.

A transmissão entre humanos pode acontecer com o contato direto com secreções respiratória, lesões de pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada. A infecção também ocorre a partir do contato com superfície ou objetos recentemente contaminados. Dentre os principais sintomas, estão: febre e erupção cutânea. Além desses, as pessoas também podem apresentar calafrios e linfadenopatia – inchaço em pequenas glândulas, especialmente em regiões perto do pescoço.

No dia 14, o governo de Minas Gerais recebeu a primeira remessa de vacinas para a pré e pós-exposição ao vírus monkeypox. O Ministério da Saúde enviou 1.101 doses do imunizante ao estado, indicadas para adultos com idade igual ou superior a 18 anos, considerados de alto risco para infecção por varíola ou monkeypox.

Depois do recebimento na Central Estadual de Rede de Frio, na capital mineira, as vacinas passam por conferência para, posteriormente, serem enviadas às Unidades Regionais de Saúde, para repasse aos municípios. Segundo o governo de Minas, a responsabilidade por organizar a administração imunizantes na população-alvo em seus territórios é dos municípios.

De acordo com a coordenadora estadual de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Josianne Gusmão, 1.077 doses serão destinadas para a vacinação pré-exposição. “Esse quantitativo será destinado a imunizar 50% do público-alvo com duas doses. O envio de mais doses dependerá do andamento da vacinação e da demanda local”, explica Josianne.Ainda conforme a coordenadora, as 24 doses restantes serão para à chamada pós-exposição. “Para esta vacinação, serão disponibilizadas para os municípios que tenham registrado circulação do vírus nas últimas 12 semanas, definido como dez ou mais casos neste período. No estado de Minas Gerais, apenas o município de Belo Horizonte está incluído no critério para vacinação pós-exposição definido pelo Ministério da Saúde”, detalha a coordenadora.

Ontem, 15, a reportagem da Gazeta entrevistou a secretária Municipal de Saúde, Soraya Ribeiro para saber se o município irá receber doses desse imunizante. Segundo a secretária, a vacina monkeypox não é feita em grande escala (para toda a população), somente as pessoas que estão no grupo de risco receberão o imunizante. Os profissionais da saúde passarão por um treinamento antes da aplicação da vacina e até o momento, o governo de Minas não informou se a vacina virá para Araguari”, disse.

O público-alvo para a vacinação deve obedecer às seguintes orientações: vacinação pré-exposição – pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA); homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais, com idade igual ou superior a 18 anos e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. Também podem se vacinar, profissionais que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.

Vacinação pós-exposição – pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para monkeypox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde – OMS.

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