Da Redação

 

A covid-19 já alcançou 385 das 853 cidades existentes em Minas Gerais,  sendo quase 7 mil casos por ela espalhados.  Araguari está entre estas cidades, tendo registrado 37 casos confirmados e 948 suspeitas, segundo a atualização mais recente divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde. Para verificar a situação epidemiológica do município, a prefeitura, em parceria com a Faculdade Imepac, realizou no último sábado, 23, uma ação de drive thru em quatro pontos diferentes e de fácil acesso à população.

Inicialmente, a previsão da secretaria era realizar pelo menos 500 testes rápidos. E nem a chuva atrapalhou a mobilização, que recebeu a adesão de grande número de pessoas, totalizando assim, 767 testes rápidos para covid-19, superando a intenção inicial. De acordo com o secretário Guilherme Afonso, os exames seguiram o protocolo de enfrentamento à doença, sendo possível identifica-la em pacientes assintomáticos, para que seja feito o isolamento dos mesmos, interrompendo, assim, a transmissão do vírus. “Dessa forma, temos uma amostragem da curva de contágio no município, sendo possível orientar os pacientes quanto às medidas de precaução à covid 19, ” afirmou.

Segundo os dados oficiais da ação, dos 767 testes realizados, cinco são positivos IgG, 28 positivos IgM. IgG e IgM são dois anticorpos que o organismo produz frente ao contato com o vírus. A detecção dos anticorpos COVID-19 IgM tende indicar uma resposta imune recente ao COVID-19, enquanto detecções de anticorpos COVID-19 IgG indica uma fase posterior dela.

Diante disso, os pacientes foram orientados a permanecer em isolamento. Outros 734 testes foram descartados para a doença. “Teremos mais ações como esta para que possamos acompanhar a propagação do vírus e tomar as medidas de saúde pública, visando à segurança da população, ” disse o secretário.

Além disso, a testagem também tem acontecido na Policlínica “Dr. Oabi Gebrin” durante toda a semana, sendo voltada aos casos suspeitos, às pessoas que tiverem contato com casos confirmados, bem como, aos grupos considerados de risco que são os profissionais da saúde, segurança pública e aqueles que estão na linha de frente ao combate da doença. Devido ao aumento de casos na cidade e em toda a região, muitos questionam ainda a quantidade de casos descartados para a doença. Sobre isso, o boletim municipal aponta para 1.346 casos que foram descartados mediante a realização de exames laboratoriais.

O informe epidemiológico estadual divulgado na manhã desta segunda-feira, 25, entretanto, traz números diferentes da doença no município e mostra que os dados ainda não estão atualizados no banco de informações do estado. O levantamento feito pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) aponta para 18 casos confirmados, sendo que quatro estão em acompanhamento. Outros 13 pacientes se recuperaram e apenas um óbito foi confirmado até o momento. Do total de casos confirmados, 38,89% são relativos à pacientes masculinos e 61,11% são femininos.

No Triângulo Mineiro, Uberlândia apresenta o maior número de casos, tendo 559 casos confirmados da doença, e 14 pessoas morreram após serem contaminadas. Em Minas, Belo Horizonte continua em primeiro na lista, tendo 1.402 casos confirmados e 42 mortes. A capital iniciou nesta segunda-feira o processo de reabertura das atividades, o que tem preocupado a população, levando em consideração que foram feitos mais quatro registros de óbitos nas últimas 24 horas, sendo duas delas em Mariana, um óbito em Açucena, no Vale do Aço e uma morte em Camanducaia, no Sul de Minas. O informativo mostra ainda que há 6.962 casos confirmados e a relação de pessoas que conseguiram se tratar com sucesso passou para 3.467.

Por sua vez, os dados do Ministério da Saúde (MS) e da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) mostram ainda que, o quadro mais grave de internação por doenças pulmonares como a infecção pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG),  já afetou expressivamente mais mineiros que em 2019. Em 2020 já foram notificados 8.099 doentes contra 1.024 do mesmo período do ano passado, uma alta de 691%. As mortes saltaram de 116 para 1.088, um aumento de 838% durante a pandemia.