Da Redação

Falta de investimento financeiro é um dos possíveis motivos para a baixa adesão

Uma das dificuldades enfrentadas por partidos políticos diz respeito a falta de participação efetiva das mulheres em campanhas eleitorais. Desde 1995, a lei eleitoral preconiza que haja, pelo menos, 30% de candidaturas femininas.

 

 

O Supremo Tribunal Eleitoral considera fraude lançar candidaturas femininas apenas formalmente, para preencher o quantitativo determinado pela Lei Eleitoral, e não dar suporte a essa participação das mulheres com direito de acesso ao horário eleitoral gratuito no rádio e televisão e ao Fundo Partidário.

Para o coordenador da Juventude do PSDB, Divino Antônio de Oliveira, os partidos precisam apoiar as mulheres para que elas consigam se eleger. “É de extrema importância que se dê condições para que elas disputem de igual para igual. Isso significa dizer que é necessário o apoio financeiro. Elas são a maioria do eleitorado em Araguari. Portanto, a representação no Legislativo deve ser considerável”, opinou.

O coordenador defende a ideia de que a cota se estenda a vagas no Legislativo. “Os partidos precisam trabalhar neste sentido, ou seja, discutir como proposta para emenda constitucional com o intuito de que realmente se efetive a participação”, completou.

A Câmara Municipal de Araguari é composta por 17 vereadores. Apenas uma cadeira é ocupada por mulher. Para o próximo pleito, conforme determinação da minirreforma eleitoral, o percentual obrigatório das candidaturas femininas não será proporcional às coligações, mas para cada partido. “Isto é, a representação será maior. A mulher se sobressai em diversas áreas, inclusive no esporte. Precisamos investir para que se destaquem também na carreira política”, completou o coordenador da Juventude do PSDB em Araguari.