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Mulher pega 43 anos de prisão por latrocínio no Bela Suíça

qua, 20 de julho de 2022 09:01

Da Redação

Crime foi registrado no Bela Suíça 2, em março do ano passado

Em março de 2021, um crime de latrocínio (roubo seguido de morte) chocou à cidade de Araguari. Nivaldo Gomes Lima, 52 anos, foi brutalmente morto em sua casa, na rua Maria das Dores Silva Peixoto (antiga M), Bela Suíça 2. O corpo foi encontrado em estado de decomposição, envolvido em um edredom atrás do sofá.

Na ocasião, foram subtraídos o seu automóvel (VW Gol, 98, cor azul), 200 reais em dinheiro, dois baús, uma cama com o colchão, uma mesa de jantar, um aparelho televisor de LED (32 polegadas), um aparelho de som, roupas e o seu aparelho celular.

Duas pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Minas Gerais, respondendo pelos crimes de latrocínio, ocultação de cadáver e corrupção de menores, tendo em vista que um adolescente foi envolvido nos fatos. No entanto, apenas Ivone Alves foi a julgamento na Primeira Vara Criminal da Comarca, enquanto seu comparsa, Maxwel Carlos teve a prisão preventiva decretada e segue foragido.

Conforme a sentença proferida pela juíza Danielle Nunes Pozzer, a acusada foi condenada a 43 anos e 1 mês de reclusão no regime fechado, uma vez que promoveu, organizou e dirigiu a conduta do outro réu e de seu sobrinho menor de idade, sendo ambos induzidos por ela à prática delitiva mediante a promessa de partilha dos bens subtraídos.

A magistrada ressaltou que o latrocínio foi praticado mediante dissimulação, uma vez que a denunciada, após agendar um almoço com Nivaldo, foi até sua residência, deu-lhe um suco com alta dose de tranquilizante para que dormisse por um longo período e não oferecesse resistência durante a empreitada dos autores.

“O latrocínio foi praticado com utilização de meio cruel, consistente na asfixia empreendida pelos réus. De igual modo, verifica-se que a hospitalidade prestada pela vítima em favor da ré favoreceu o intento criminoso, na medida em que combinado um almoço, Ivone foi voluntariamente recebida por Nivaldo”, colocou a Juíza.

 

 

CRUELDADE

 

Familiares teriam relatado que Nivaldo morava sozinho e não era visto desde a quinta-feira, 4 de março. Eles entraram em contato telefônico e chegaram a ir em sua casa, mas não conseguiram informações sobre o seu paradeiro. Também foram feitos anúncios do desaparecimento através das redes sociais, porém, não registraram um boletim de ocorrência a respeito.

No domingo seguinte, no entanto, voltaram à residência de Nivaldo. Como os portões estavam trancados, uma testemunha pulou o muro e adentrou na área externa, notando um forte odor no local. Em seguida, quebrou o vidro da janela do quarto e visualizou algo envolvido em um edredom atrás do sofá.

Sendo assim, a PM foi acionada e solicitou a presença de um chaveiro para providenciar a abertura dos portões e portas. No imóvel estava o corpo do morador, que tinha duas sacolas plásticas amarradas em sua cabeça. Foram colocados galões com produtos químicos sobre o cadáver para disfarçar o odor.

Na tarde do dia 8 de março, o 53º Batalhão de Polícia Militar comunicou a identificação de três pessoas envolvidas no latrocínio. Foi presa uma mulher, que teria um relacionamento amoroso com a vítima, e apreendido o sobrinho dela, de 17 anos. O outro participante não foi encontrado.

Os militares elucidaram os fatos após chegarem até o caminhão que retirou os bens de Nivaldo de sua residência, na tarde de quinta-feira. O proprietário do veículo levou os policiais ao local onde havia deixado os materiais. Assim, foram identificados os envolvidos.

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