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Morre o craque Ferreira, um dos maiores nomes do futebol Araguarino

sex, 29 de outubro de 2021 10:10

Da Redação

Ferreira foi homenageado com o troféu Jornal Gazeta do Triângulo, em 2008

Faleceu nesta quinta-feira, 28, o ex-craque Ferreira, com passagens marcantes por Araguari Atlético Clube, Uberlândia Esporte, América de Belo Horizonte, Flamengo, Valência da Venezuela, Vila Nova de Goiânia e tantos outros clubes. Foi um dos maiores centroavantes da nossa história, com mais de 800 gols feitos.

 

José Eurípedes Ferreira era uma pessoa muito querida e carismática, que ultrapassava os limites dos gramados. Em 2008, recebeu o troféu jornal Gazeta do Triângulo, durante noite de gala do Oscar do Esporte, no Pica-Pau.

 

No América, atuando ao lado de Misael, Café, Jair Bala, Zé Carlos Merla, Ferreira deixou seu nome gravado como o maior artilheiro do clube em apenas uma temporada, quando assinalou 35 gols. Foi artilheiro em Minas, Goiás, Mato Grosso e Venezuela.

 

Ferreira tinha 77 anos e ultimamente enfrentava sérios problemas de saúde. Estava internado na Santa Casa de Misericórdia, onde faleceu na tarde deste dia 28 de outubro. Deixa esposa e filhos.

 

DESTAQUE NA LIBERTADORES

 

O araguarino Ferreira teve o privilégio de disputar a Copa Libertadores da América em duas oportunidades, ambas na década de 70. “Disputar a Libertadores foi algo maravilhoso na minha carreira. Fiquei bastante honrado, pois na época eram poucos os jogadores brasileiros que defendiam clubes de fora do país”, contou.

 

Atuou como centroavante do modesto Valência, da Venezuela, levado pelo então técnico da equipe Orlando Fantoni, que conheceu o araguarino ainda na época em que o mesmo atuava pelo América Mineiro. Fantoni treinava o Cruzeiro e se encantou com o poderio de Ferreira, um artilheiro nato.

 

Revelado pelo Araguari Atlético Clube, Ferreira disse que atuou três temporadas e meia pelo Valência, entre 72 e 75, jogando ao lado dos laterais Antônio Carlos e Vicente e dos pontas Zé Carlos Merla e Caneco. Chegou a ser campeão nacional. “A torcida venezuelana é muito calorosa. Ela sabe incentivar, mas também não poupa em vaias quando o time está mal”, relatou.

 

Na Copa Libertadores de 1973, Ferreira figurou entre os principais artilheiros, porém, o Valência acabou eliminado pelo Deportivo Cáli, da Colômbia. Ele relembrou que no primeiro jogo, em casa, o adversário chegou a fazer 1 a 0, mas, com dois gols do araguarino, o Valência virou o placar. Na volta, em Cáli, os colombianos aprontaram dentro e fora de campo, e acabaram levando a vaga.

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