Da Redação

No bairro Paineiras, os moradores enfrentam um problema que piorou nos últimos meses. Por serem desertas, as ruas perpendiculares à avenida Theodoreto Veloso de Carvalho, na saída para a BR-050, são um dos alvos preferidos de quem deseja descartar lixo e entulho. Com as chuvas e o calor desta época do ano, o risco de dengue preocupa a população, além dos transtornos causados pela sujeira no local.

Moradores reclamam de lixo e risco de dengue no bairro Paineiras

Uma moradora disse ter encontrado larvas de mosquito em velhas latas de tinta. Recentemente, ela afirma que passou a ter medo de retirar os criadouros depois que uma cobra foi encontrada nesses lixões. “As pessoas não tem consciência. Nos último cinco meses foi piorando a sujeira e nada tem sido feito. Com essa questão da dengue, é uma situação perigosa,” disse ela, que pretende procurar apoio do Ministério Público.

O aposentado José Sebastião Gonçalves, que passava de bicicleta ao ser abordado pela reportagem, compartilhou da mesma opinião. “Está um mau cheiro insuportável. A prefeitura deveria fazer alguma coisa,” disse.

O secretário de Serviços Urbanos, Humberto Merola Junior, afirmou que se inteirou da situação e garantiu que a limpeza no bairro Paineiras está dentro do cronograma da pasta. Atualmente, a equipe trabalha no bairro Millenium, próximo à saída para Uberlândia e deve começar o serviço no bairro assim que terminar a semana de Carnaval.

Na oportunidade, ele também pediu a colaboração dos moradores. “Se as pessoas não nos ajudarem a fiscalizar ou até mesmo chamarem a Polícia para inibir essas ações, será difícil conseguirmos êxito. Fazemos a limpeza, mas em poucos dias tudo está de volta como era antes,” salientou.

Para o secretário, a expectativa é que esse tipo de prática ilegal seja extinta com o funcionamento das Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPVs). O edital para contratação da empresa que irá gerir a atividade deve ser lançado em março. “Não haverá mais desculpas para se jogar lixo em local irregular,” concluiu.

Em relação à existência de focos do mosquito, o coordenador do Controle de Zoonoses, Wellington Colenghi afirma que os agentes de combate a endemias responsáveis pelo setor visitam esses pontos de entulho a cada dois meses, conforme o planejamento da secretaria de Saúde. “Sabemos que é um período de tempo muito grande, mas não temos efetivo suficiente para aumentar o serviço e o poder público não deve ser o único responsável por isso. Falta conscientização das pessoas que jogam lixo em qualquer lugar,” concluiu.