por Tatiana Oliveira

Segundo Centro de Controle de Zoonoses, poucas notificações são registradas

Em uma rede social, o índice de denúncias de moradores que encontram escorpiões em suas casas é grande. Os aracnídeos podem aparecer no Centro ou em alguns bairros como: Bosque, Independência, Fátima, Portal dos Ipês e Goiás, mas são poucos os registros no órgão responsável. “Caso haja o registro do animal na residência, o cidadão deve ligar no Centro de Controle de Zoonoses para agendar uma visita. Se o cidadão não ligar, não tem como sabermos do problema”, afirma Flávio Onório Velozo, agente de controle de zoonoses. O telefone da zoonose é 3690-3101.

 

Em visita ao Centro de Controle de Zoonoses, a Gazeta do Triângulo constatou apenas uma notificação para agendamento de visitas. O caso era na avenida Minas Gerais, no Centro. “A moradora ligou aqui e agendamos uma visita à residência no mesmo dia”, afirma o agente de combate de endemias Reginaldo Aguiar Nunes.

Os escorpiões são animais predadores encontrados em áreas rurais e urbanas, geralmente em locais que favorecem o aparecimento de seu alimento. “O acúmulo de lixo e alimentos atrai baratas e, consequentemente, os escorpiões que se alimentam delas”, explica Nunes.

Velozo conta à Gazeta que não é recomendável a utilização de veneno para combate aos escorpiões. “Eles conseguem ficar um longo período sem água e comida. Quando percebem que tem veneno, isso pode fazer com que saiam do esconderijo, causando maior risco aos moradores”. Outra recomendação é combater as baratas, o alimento preferido do escorpião. “Em vez de usar o veneno, fazemos a vedação de ralos, pias etc. que são locais onde os escorpiões podem se esconder”, acrescenta.

Escorpiões não são agressivos e causam acidentes apenas quando tocados ou são comprimidos contra o corpo. “Principalmente quando se tem crianças em casa é importante verificar as roupas de cama, as vestimentas e sapatos antes de usá-los”, explica Velozo.

Em Minas Gerais são encontradas duas espécies que podem causar acidentes graves: escorpião amarelo e escorpião marrom. Conforme cartilha informativa do Centro de Controle de Zoonoses, a maioria dos acidentes ocorre quando colocamos calçados sem verificar se há presença de escorpião; removemos entulho e madeiras com as mãos desprotegidas; usamos toalhas ou roupas sem vistoriar; colocamos a cama próxima a parede e/ou deixamos roupas de cama encostadas no chão.

Segundo o agente de controle de endemias, a melhor forma de controle é a prevenção. “Manter limpos quintais e jardins, não acumulando entulho; não pendurar roupas na parede; rebocar frestas nas paredes; cuidar para que móveis e rodapés não apresentem vãos — são algumas das recomendações que fazemos”.

Ao ser picado por um escorpião, é importante estar atento aos sinais. “Podem surgir um ou mais dos seguintes sintomas: dor intensa no local da picada, que espalha por todo o membro; náuseas, vômitos e salivação intensa; alterações cardíacas e respiratórias”, explica a cartilha. Em caso de acidente é necessário procurar a unidade de Saúde mais próxima e, se possível, capturar o escorpião com cuidado e levá-lo para identificação em um recipiente seguro.