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Moradora reclama de situação no bairro Vieno

sex, 4 de janeiro de 2019 05:22

por Tatiana Oliveira

Falta de limpeza de terrenos e de asfalto são informados como principais problemas encontrados

A reportagem da Gazeta do Triângulo recebeu essa semana a denúncia de uma moradora do bairro Vieno a respeito da situação que se encontra. Segundo ela, descuidos com limpeza de terrenos têm causado transtornos. “Os terrenos estão em uma situação horrível. O mato está alto e atraindo animais peçonhentos. Cheguei a matar cinco escorpiões e três cobras dentro de casa. Uma delas quem viu foi minha filha de cinco anos” comenta Walquíria Ribeiro Dias.

Mato alto atrai animais peçonhentos e criminosos, diz moradora

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Conforme a moradora, os terrenos acabam sendo esconderijo para criminosos. “Os bandidos ficam escondidos atrás do mato esperando para assaltar a gente, como aconteceu com meu primo que mora aqui do lado. Tem usuário de drogas que ficam fumando aqui perto, se estivesse tudo limpo eles não teriam como se esconder no mato”, relata.

Segundo ela, a prefeitura chegou a tirar o entulho dos terrenos, mas, conforme apurado pela reportagem, a responsabilidade de limpar os lotes é dos proprietários. “Lá no Vieno todas as áreas são particulares e estamos notificando os proprietários. Deixei um fiscal responsável por conta disso”, coloca o secretário de Serviços Urbanos, Rodrigo Costa Ferreira.

Conforme relata o titular da pasta, desde novembro do ano passado até o começo de dezembro de 2018 foram notificados os proprietários de 70 lotes no bairro. Após comunicado, a pessoa tem 30 dias para tomar providências, sujeito a multa de 1,5 Unidade Fiscal de Referência do Município de Araguari (UFRA), o que equivale a aproximadamente R$ 3 por metro quadrado. “A limpeza do terreno é de total responsabilidade do proprietário. Em relação ao entulho, se estiver dentro do lote a responsabilidade é do proprietário, se estiver na calçada é da prefeitura”, explica Ferreira.

Asfalto

A espera pelo asfalto no bairro completa 66 anos em 2019 e gera transtornos em períodos chuvosos e de seca, conta a moradora. “Queria montar uma loja aqui no bairro, mas nem tem como. Quando chove é puro barro aqui na porta. Quando tem Sol é poeira demais e minha casa não para limpa. Não tem como colocar roupa no varal, é o prazo de colocar e recolher”, lamenta.

Outro pronto levantado pela moradora foi a questão do asfaltamento no bairro. A moradora afirma que sua rua (José Monteiro Araújo) estava entre as primeiras seis a receberem as obras, mas isso não ocorreu. “Estava no cronograma, mas asfaltou só onde tem terreno, onde não tem morador,  e onde tem casas ficou sem asfalto; isso é um absurdo”, coloca.

Obras de asfaltamento do bairro estão paradas

Obras de asfaltamento do bairro estão paradas

 

Conforme a moradora, as obras estão paradas e o bairro não recebeu todo o asfalto prometido. Contrapondo a denúncia da moradora, o secretário de Obras afirma que a rua José Monteiro Araújo começou a ser asfaltada e está no cronograma das seis primeiras a terem o asfalto concluído, mas as obras estão momentaneamente paradas. “Estive agora no Vieno. Esperamos as medições do Banco para nos reunirmos com o comandante do 2º Batalhão Ferroviário para montar uma estratégia e começar a trabalhar”, afirma o titular da pasta, Expedito Castro Alves Júnior.

Segundo ele, a interrupção das atividades foi devido a um atraso burocrático e de repasse de verbas do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) resultou na parada das obras no bairro. “Por enquanto está parado, porque o banco suspendeu os pagamentos devido ao segundo turno das eleições e ainda não repassou um centavo sequer ao 2º Batalhão Ferroviário. As medições só foram feitas porque o prefeito adiantou R$ 900 mil para o Batalhão”, explana.

Outro problema que interfere nas obras, de acordo com o secretário, é a condição climática. “Mesmo que tivesse saído o dinheiro, não poderíamos fazer porque o tempo está instável. Não compensa a máquina ficar ali parada, porque ela tem um custo. O Batalhão cobra por serviço e tem uma taxa cobrada específica para isso. Se ficar três ou quatro dias parados temos que pagar por esse período”, diz.

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