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Meio Desligado – ‘MasterChef’, o melhor programa da TV aberta

qua, 3 de junho de 2015 06:02
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Quem quer pagar de culto no Facebook adora criticar reality show e as pessoas que assistem reality show. Nessa onda, Big Brother e A Fazenda são os principais alvos. Eu sou do time que não se importa em ter a inteligência questionada por assistir programas do tipo. Aliás, um deles fez sucesso estrondoso e garantiu público cativo na galera do Twitter. É o ‘Masterchef’, reality show de gastronomia que neste ano está em sua segunda temporada, exibido nas terças às 22h30 pela Band. Um verdadeiro oásis na TV aberta.

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A atração retornou há duas semanas e como era de se esperar, garantiu um bom desempenho no Ibope. A tag oficial exibida na tela ao longo do primeiro episódio alcançou a estrondosa marca de 200 mil tweets, algo sui generis na televisão (o blog Papel Pop, da Veja SP, separou alguns bem engraçados). Essa interação com o público da internet é um dos diferenciais do programa, que atrai até mesmo quem nem ligava mais para a TV.

A dinâmica é simples: os concorrentes levam o prato que prepararam para ser avaliado pelos três jurados. Eles preparam a receita antes e finalizam ali na hora, em cinco minutos. Dois “sim” garantem a vaga e o participante recebe o sonhado “avental”, que garante a presença na próxima etapa. Os finalistas passam por provas culinárias eliminatórias até que reste o vencedor, que ganhará um troféu, a edição de um livro com suas próprias receitas, um curso na escola de culinária mais conceituada do mundo e 150 mil reais.

Se minha explicação foi enfadonha e burocrática, o mesmo não se pode dizer do MasterChef. Muito do sucesso do programa está na personalidade diversificada dos participantes e principalmente dos jurados. Além de serem nomes respeitados na alta gastronomia, o francês Erick Jacquin,a  argentina Paola Carosella e o brasileiro Henrique Fogaça são muito espontâneos, mantendo a animação do programa com tiradas irônicas e bem humoradas. Nesta edição, mais um incentivo para nós, araguarinos: temos uma conterrânea entre os 18 participantes finalistas. Larissa Douat, de 26 anos. Ela tem sido muito elogiada pelos jurados e promete ir longe na competição.

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Alguns criticam os jurados, dizem que eles são duros, arrogantes e que humilham os participantes. Vejo de outra forma. Para chegar aonde chegaram Jacquin, Carosella e Fogaça ralaram muito. Claro que, por ser um programa de TV, rola certo exagero na hora da cobrança, mas o que eles dizem é pertinente e para o bem do participante. Tenho certeza de que eles também ouviram o mesmo, por vezes até descobríramos os próprios erros na marra, de uma forma pior.

Aqui no Brasil a gente tem essa cultura de ficar se envaidecendo por pouca coisa, de não aguentar a mínima das críticas. Ninguém gosta de ser criticado, claro. Porém, o elogio não merecido só traz vaidade e distanciamento da realidade. A crítica, por sua vez, permite evolução e aprimoramento.

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O que está sendo avaliado no programa não é somente o prato, mas também o próprio cozinheiro. A comida é um reflexo de quem a prepara e com certeza, uma comida gostosa foi preparada por alguém que possui as qualidades exigidas para tal. E isso vale não só para a gastronomia, mas para a vida. Essa é uma das grandes sacadas do MasterChef. Para sermos melhores no que fazemos, temos que aprender a deixar o ego de lado.

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