Meio Desligado – Life is Strange: um game diferente
qua, 5 de agosto de 2015 08:52Não sou uma pessoa que entende de games. Jogo razoavelmente pouco, e geralmente são aqueles de tiros, que aliviam o stress do dia-a-dia. Mas um dia, de bobeira, ouvi falar nesse tal de Life is Strange (A Vida é Estranha). E daí no meio disso tudo descobri que nem todo jogo é de atirar nas pessoas ou viver em um mundo de fantasia onde você de alguma forma precisa ter algum tipo de luta corporal. Claro, este tipo de situação de vida ou morte está entre o máximo de tensão que você pode ter, mas para alguém como eu, leiga no assunto, os jogos estão abordando temáticas não muito tradicionais.
Life Is Strange é o chamado “adventure”, até aí nada novo, um modelo já existe desde os anos 90. As escolhas do personagem afetam diretamente o futuro do jogo, ou seja, a história tem a possibilidade de tomar vários rumos diferentes. Aqui o principal foco são os relacionamentos entre a personagem principal e os demais que a cercam, talvez por isso ele desperte mais facilmente a atenção de meninas do que dos garotos. E não vou me dar ao trabalho de escrever aqui uma tese de doutorado para defender isso.
A protagonista do jogo é Maxwell Caulfield, uma jovem tímida de 18 anos que retorna depois de cinco anos para sua cidade natal, Arcadia Bay, para estudar Fotografia na conceituada Blackwell Academy. ( Seria o sobrenome de Max uma referência a Holden Caulfield, protagonista de “O Apanhador no Campo de Centeio”?). Um dia, na aula, ela descobre que tem o poder de voltar no tempo e de quebra começa a ter uma perturbadora premonição. Depois do reencontro inusitado com a melhor amiga Chloe, são lançadas na mesa verdades e mistérios que dão rumo ao jogo, como o desaparecimento da bela jovem Rachel Amber. Resumindo: é uma mistura de Twin Peaks com Efeito Borboleta.
Quando questionados sobre o sentimento que queriam passar em Life is Strange, os produtores da DONTNOD responderam que era algo como o que você talvez assistisse em um dos filmes do Festival Independente de Sundance: intimista, jovem e delicado. Parece pretensioso, mas o jogo é exatamente assim.
A direção de arte aposta em uma fotografia condizente com essas características, com desenhos, aquarelas, cenas com amanhecer e entardecer, além de trabalhar bem os elementos do próprio jogo. Isso compensa até mesmo os gráficos razoáveis. A trilha sonora folk ajuda a manter o clima. As ótimas faixas instrumentais são composições da banda Syd Matters, mas ainda há muitas músicas legais licenciadas para jogo de nomes como José Gonzales, Angus & Julia Stone, Local Natives e Mogowai. Além disso, os cenários revelam muitas referências a cinema, literatura e artes em geral.
Apesar de ter poderes sobrenaturais, Max vive situações mais próximas para a realidade de um adolescente do que em outros jogos do gênero, como The Walking Dead e Beyond Two Souls. Isso não é necessariamente uma qualidade, mas sim, algo diferente, pelo menos para mim que não sou muito habituada a esse mundo.
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